Jander Fernandes Martins e Vitória Duarte Wingert

DE TRANSNACIONALISMO TIBETANO À UM LOCAL DE PEREGRINAÇÃO: O CASO DO TEMPLO BUDISTA KHADRO LING DE TRÊS COROAS-RS

Introduzindo – objetivando- justificando
O presente trabalho é fruto de uma Etnografia realizada no Templo Budista Khadro Ling (site: http://templobudista.org/), localizado à 7km da cidade de Três Coroas-RS. Cidade localizada no Vale do Paranhana (mesorregião metropolitana). Fundada em 1846 por imigrantes alemães vindos da Região do Vale dos Sinos (região metropolitana). Está localizada há 91km da capital gaúcha Porto Alegre. Os resultados desse estudo se pautam na análise discursiva gravadas e transcritas dos visitantes nesse local. A coleta de dados utilizadas foi por meio de entrevistas semi-dirigidas. Estas, foram realizadas durante dois finais de semana (domingos). Durante essas visitações conseguiu-se realizar o levantamento de 30 entrevistas (visitantes abordadas).

Por Etnografia se entende como uma das modalidades de pesquisa qualitativa existentes e considerado o método de pesquisa mais apropriado para estudos antropológicos. Tal definição parte da premissa que se exige “contato direto com o objeto” que se está estudando (grupos, comunidades, entidades, instituições, etc.), caracterizando-se também, por uma observação prolongada, profunda e densa entre pesquisador e grupo pesquisado. (Oliveira: 1996; Magnani: 2002)

O objetivo dessa etnografia girou em torno de algumas indagações centrais, para os autores, que por sua vez serviram de perguntas-chaves ao abordar os visitantes desse templo budista, quais sejam: “que motivos levam as pessoas a visitar um Templo de orientação budista?”, “o que pensam sobre o budismo?”, “concordam com a filosofia/doutrina/cosmovisão budista?”, “considera o templo um lugar de peregrinação?”, “visitar esse local lhe proporciona...?”.

A justificativa para esse trabalho está no seu diferencial, seja em uma perspectiva histórica, ou sociológica ou ainda em uma perspectiva antropológica (elegida pelos autores como premissa interpretativa do fenômeno aqui estudado). Tal perspectiva nos permite compreender como uma religião oriunda de uma cultura, totalmente diferente e que é milenarmente constituída, instaurou-se em outro país, culturalmente distinto, em seus processos e manifestações (religiosas, em especial). Nesse caso, mais do que uma questão de migração étnica, trata-se em nosso entendimento de uma questão de “transnacionalismo religioso”. (Csordas: 2009; Smith; Guarnizo: 1998) Outra justificativa que esse empreendimento etnográfico pode contribuir, é no processo de elucidação de como se um determinado local pode vir a se constituir como um “local de peregrinação”, para simpatizantes budistas, bem como para sujeitos adeptos de outras orientações religiosas.

Esse templo budista em Três Coroas-RS, conforme consta em seu site e conforme atestam seus moradores é vinculado a uma entidade/associação maior:

“O Chagdud Gonpa Brasil faz parte de uma rede internacional de centros cuja origem é o Chagdud Gonpa no Tibete, um monastério fundado no século XV. Estabelecidos em 1994 por S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche, os centros brasileiros oferecem ensinamentos e práticas de meditação da tradição Nyingma do Budismo Tibetano Vajraiana”. (https://chagdud.com.br/quem-somos/)

Historicamente, esse templo foi idealizado, nas palavras dos adeptos, Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche (1930-2002). Sua migração para o Brasil ocorreu no ano de 1994. Nesse período, estabeleceu no país o Chagdud Gonpa Brasil iniciando a construção do seu centro principal, o Khadro Ling, em Três Coroas-RS. Atualmente, esse local está sob a regência espiritual de Chagdud Khadro desde 2002.

Um espaço de peregrinação? A relação religião – território – territorialidade no Khadro Ling
Historicamente, como dito acima, esse templo budista teve sua construção iniciada na década de 1990. Conforme dito no site dessa entidade, Rimpoche migrou para o Brasil, como forma de fugir do regime comunista tibetano. De acordo com Csordas (2009) e Smith; Guarnizo (1998), o “transnacionalismo” pode ser “de cima” ou “de baixo”. Em seus estudos antropológicos, o primeiro, se refere ao processo ocorrido pelas chamadas religiões históricas (catolicismo, protestantismo, islamismo) dos países do hemisfério norte que “viajaram bem” aos países coloniais e aí, instauraram-se por meio de conversão e de ações missionarias. Já o “transnacionalismo de baixo”, atualmente é entendida como os movimentos pentecostais e neopentecostais originados nos países do hemisfério sul (das ex-colônias) que buscam criar filiais, núcleos e redes religiosas nos países da África, Ásia, América do Norte e Europa, exemplo, disso é o caso da IURD. (Oro: 2017) esse movimento articulado das religiões também, conhecidas como “missão invertida” (Freston: 2001), “evangelização ao contrário” (Mary:2008) ou ainda, como “evangelização de retorno” (Trombetta: 2013) nas últimas décadas se intensificou.

Dito isso, cabe indagar: - o budismo se enquadraria nesse conceito de transnacionalismo religioso? Se sim, em qual?

Em nosso entendimento, uma resposta inicial (e ambígua) seria, por um lado, “não”. Pois um dos elementos centrais da manifestação cultural, filosófica, doutrinária, em uma palavra, religiosa dessa vertente budista, não é o proselitismo. E, como consta na história dessa rede budista, sua migração para o Brasil se deu por questões de ordem ideológica e política, não sendo por missão religiosa de conversão. Exemplo disso, foi o fato de que nas visitas realizadas nesse templo, os moradores e recepcionistas estejam sempre de prontidão para atender toda e qualquer necessidade dos visitantes. Em todos os momentos, buscam esclarecer, responder e auxiliar os visitantes, sempre transparecer discursos, convites e/ou atitudes evasivas de conversão. Por outro lado, responderíamos “sim” se por transnacionalismo se entender: “construção e organização de subjetividades e representações; serve como ponto referencial de conduta, de visão de mundo, de perspectivas de futuro e significação das experiências sociais”. (Tedesco; Mello, 2005: 2) essa concepção, distinta das supracitadas, toma como justificativa basilar a ideia de que a “A transnacionalidade também se processa dentro da própria perspectiva universalista inerente nas religiões [...]” (Tedesco; Mello, 2005:11) Nesse sentido, o budismo tibetano de Rimpoche estaria dentro dos preceitos de transnacionalismo religioso.

Pontos de vistas à parte, a questão crucial é o fato desse templo ser visitado semanalmente por centenas de pessoas das mais variadas regiões, estados e países. Tal fenômeno o torna um local de peregrinação? Para responder essa indagação, urge discutir dois outros elementos, a saber: a territorialidade e território.

A questão da religião e território, em Brasil, é um campo de estudos profícuo, dado a diversidade e pluralidade de manifestações culturais e religiosas. Nesse sentido, Zeny Rosendahl (2005: 12933) compreende essa relação como algo intrínseco a religião e a construção de seu local:

“O território é, em realidade, um importante instrumento da existência e reprodução do agente social que o criou e o controla. O território apresenta, além do caráter político, um nítido caráter cultural, especialmente quando os agentes sociais são grupos étnicos, religiosos ou de outras identidades”.

Assim, a partir do momento em que Rimpoche escolheu um determinado território, nas proximidades da cidade gaúcha, tornou esse local em um agente social produtor de cultura (religiosa). E como tal, torna-se aquilo que a autora denomina de “territorialidade religiosa”:

“Territorialidade religiosa, por sua vez, significa o conjunto de práticas desenvolvido por instituições ou grupos no sentido de controlar um dado território, onde o efeito do poder do sagrado reflete uma identidade de fé e um sentimento de propriedade mútuo”. (Rosendahl, 2005: 12934) 

Evidentemente, que controle local e poder sagrado no caso desse templo budista se dá em função de permitir certo fluxo livre de visitantes em algumas das dependências nesse local e fato de que os visitantes gozam de acesso gratuito, a própria noção de senso comum e o imaginário social produzido em torno dessa visão do que é ser budista? e o que é budismo? Como se portar perante ambiente budista? leva o visitante a demonstrar, agir e controlar seus corpos e posturas de forma ordenada, disciplinada de tal modo que foge, muitas vezes de seus hábitos e características personalísticas. Como menciona um dos visitantes disse: “eu sou tão agitada e aqui me sinto tão tranquila”.

 Esse controle da subjetividade que a visitante menciona adquirir quando adentra esse local, exemplifica o que Rosendahl (2005: 12934) assevera: “A territorialidade é fortalecida pelas experiências religiosas coletivas ou individuais que o grupo mantém no lugar sagrado e nos itinerários que constituem seu território. De fato, é pelo território que se encarna a relação simbólica que existe entre cultura e espaço”.

Nesse sentido, a subjetividade e as mudanças comportamentais que os frequentadores afirmam vivenciar nesse local, materializam esse sagrado que, simbolicamente, o templo busca impregnar seus visitantes.

Em termos de materialidade simbólica, pautando-se na concepção de Grabar (1998), o espaço “da” religião envolve a imbricação de três elementos valorativos, a saber: “1) O espiritual; 2) o cultural e; 3) o estético”. Nesse sentido, Gil Filho (2011) assim explica esses valores:

“(1) [...] que congrega os significados místicos e éticos atávicos da religião que simbolicamente se refletem em forma, imagem e prática social. (2) emerge das práticas sociais e dos costumes, conferindo o seu caráter de representação. Remete a consciência do seu passado e situação geográfica. (3) é a forma de expressão e imagem inspirada em valores religiosos e que possuem uma diversidade devido ao contexto histórico do lugar".

Portanto, levando em consideração esses arcabouços conceituais supracitados, o templo budista Khadro Ling pode ser considerado um local de peregrinação. Ainda que, como se verá abaixo, majoritariamente, seus frequentadores tenham cosmovisão e pertencimento a outros grupos de orientação religiosa.

Os visitantes, suas motivações e concepções
Como dito acima, consideramos esse templo como local que bem pode ser entendido como local de peregrinação, assim como a vinda do budismo tibetano para Três Coroas como inserido nos movimentos migratórios e de transnacionalismo religioso. Essa perspectiva, acredita-se ser corroborada pelos dados sistematizados a partir da etnografia realizada no local, pois além das observações e diálogos abertos, envolveu algumas indagações afim de esmiuçar esse fenômeno.

Assim, majoritariamente, os informantes nesse estudo trouxeram como resposta à pergunta “que motivos levam as pessoas a visitar um Templo de orientação budista?”os seguintes motivos que os levam a visitar o templo: “curiosidade” e “convite de familiar ou conhecidos”. Ainda que buscassem justificar e incrementar suas motivações, dentre os visitantes abordados, apenas seis frequentadores mencionaram que a motivação central não era as citadas acima. Ao contrário, alegaram ser “frequentadores assíduos”, pois “visitavam o templo todos os domingos para participar das meditações” e “buscavam sempre se envolver nas atividades momentos de estudo e ações ocorridos no ambiente”. 

Decorrente disso, sempre se lançavam a seguinte indagação: “você considera o templo um lugar de peregrinação?”. Nem tanto surpreendente para os autores, mas não deixa de ser significativo foi o fato de a essa pergunta, a totalidade dos informantes responderam que sim. Tratava-se de um local de peregrinação, pois era um “local sagrado” e, como tal, todos os visitantes de alguma forma eram “abençoados e iluminados”.

Ora, refletindo sobre as motivações e concepções dos informantes, nos remetemos à Graburn (1989), quanto Bauman (1998), que discutiu acerca da oposição entre “turismo e peregrinação”. Nesse sentido, Steil e Carneiro (2008, p. 110-111) explica correlacionando os autores acima que peregrinação tendo conotação de “tradição”, enquanto o turismo de “modernidade”. no entanto, a questão que se evidencia é o fato de saber se esse templo pode ou não ser considerado um local em que “peregrinação e turismo religioso” se materializam de forma concreta?

Tomando emprestado os termos utilizados por Steil (2003) em seu estudo “romeiros-turistas” e “romeiros tradicionais”, transportando-os para o nosso estudo e para o local estudado, teríamos então “peregrinos-turistas”, o qual representaria os aqueles visitantes movidos por convite e/ou curiosidade. Os “peregrinos-tradicionais”, representando os participantes mais assíduos nas atividades ocorridas e promovidas no templo. No entanto, essa questão ainda está em aberto, visto que, por exemplo o estudo realizado por Carneiro (2005) que objetivava focar os novos locais de peregrinação, citam por exemplo o chamado Caminho das Missoes  (RS) e não citam o templo Khadro Ling. Isso se deve ao fato de o budismo ser considerado uma religião tradicional ou ao contrário, considerar o budismo como uma religião da chamada Nova Era? (Steil; Carneiro, 2008)

Nesse sentido, Steil; Carneiro (2008: 112) se referindo sobre as novas rotas de peregrinação no Brasil, afirmam o seguinte:

“[...] ao estarem desvinculadas das tradições religiosas que lhe deram origem, parecem indicar um novo modelo de peregrinação, cuja especificidade está na sinalização de uma crescente autonomia da ‘experiência do sagrado’ em relação à mediação das instituições religiosas tradicionais. É justamente porque a religião se tornou uma experiência mística interior que os seus mediadores já não necessitam de uma investidura sagrada institucional adquirida no âmbito de uma comunidade de crenças e valores partilhados. Cabendo apenas, aos novos mediadores, assegurar e garantir os meios e os recursos simbólicos para que cada um possa fazer seu próprio caminho”.

Levando em consideração o que os autores asseveram, cabe indagar: não seria então o templo budista Khadro Ling de Três Coroas-RS um novo local de peregrinação (e turismo) religioso? Essa indagação, em nosso entendimento fica em aberto, visto que esse local merece mais estudos e debates sobre sua relação religiosa e cultural em constante contato com visitantes.

Por fim, a terceira e última questão-chaves lançada aos informantes era: “visitar esse local lhe proporciona o quê?”. As respostas a essa indagação foram variadas de caráter sentimental, psíquico e até mesmo sinestésico. Nesse sentido, alguns alegavam que visitar o tempo lhes proporcionava “paz, tranquilidade”. Outros informantes asseveravam que visitar esse local lhes permitiam “compreender a vida e o mundo de uma forma mais ampla”, nesse mesmo sentido, alguns inclusive demonstravam-se emocionados dado ao sentimento de “êxtase” que o ambiente lhes incutia. Outra parcela de entrevistados alegava“sentir corporalmente a energia do ambiente” e que essas “sensações” lhes proporcionavam um “bem-estar físico”.

Considerações
O objetivo desse estudo etnográfico foi visitar um templo budista localizado em uma cidade gaúcha chamada Três Coroas. Sendo um local que fica aberto a visitação de quarta-feira à domingo, nos impeliu a refletir e realizar uma pesquisa de campo abordando visitantes e aí, por meio de diálogo e entrevista semi-dirigida, perscrutar as motivações que levam as pessoas a visitar esse local, da mesma forma que compreender o que lhes proporcionava a visita. Complementando essas indagações, também se objetivou saber se esses mesmos visitantes compreendiam e consideravam o templo como um “local de peregrinação”.

Como salientado acima, no levantamento realizado nos parece se tratar de um fenômeno ambíguo, complexo e contraditório. Um dos motivos que nos levou a essa constatação foi o fato de serem “motivados por curiosidades”, o que poderíamos traduzir como um comportamento turístico. Ainda que em sua maioria considerassem um “local de peregrinação” e um “local que lhes proporcionavam bem-estar psíquico e físico”.

Em suma, esse estudo tem como proposta abrir diálogo, reflexão e convites para estudos futuros, não só nesse local mas como perscrutar locais que podem vir a ser considerados “locais de peregrinação” de manifestações culturais orientais.

Referências
Jander Fernandes Martins é Mestre em Processos e Manifestações Culturais (FEEVALE), Especialista em TIC na Educação (FURG), Pedagogo (UFSM). Pesquisas e estudos com ênfase em: Antropologia da Religião, Antropologia das Relações Humano-Animal, Organização do Trabalho Didático, Educação Étnico-racial. E-mail: martinsjander@yahoo.com.br
Vitória Duarte Wingert é Mestranda do PPG Processos e Manifestações Culturais (FEEVALE), Especialista em Ensino de Filosofia para Ensino Médio (UFSM), Especialista em Literatura Infanto-Juvenil (FISIG), Especialista em Mídias na Educação (IFSUL), Licenciada em História (FEEVALE). Pesquisas e estudos com ênfase em: História, Antropologia, Educação.   E-mail: vitoriawingert@hotmail.com

ALDROVANDI, C.E.V. O monge, a morte e o estupa: práxis e padrões funerários no Budismo primitivo a partir das fontes arqueológicas e textuais. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 18: 155-182, 2008
BAUMAN, Z. O Mal-estar da Pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editora, 1998.
CAPONE, S.; MARY, A.  Lastraslogicas de una globalización religiosa a la inversa. In: ARGYRIADIS, K. CAPONE, S., DE LA TORRE, R. (org.). En sentido contrario. Transnacionalización de religiones africanas y latinoamericanas. Mexico, CIESAS, 2012, p. 27-48.
CARNEIRO, S. de S. Novas peregrinações brasileiras e suas interfaces com o turismo. Rio de Janeiro, 2005.
CSORDAS, Thomas. Transnational Transcendence. Essays on Religion and Globalization. Los Angeles, University of California Press, 2009 (introdução).
FRESTON, P. The transnationalization of Brazilian Pentecostalism. The Universal Church of the Kingdom of God. In: CORTEN, A.; MARSHALL-FRATANI, R. (org.). Between Babel and Pentecostalism. Transnational Pentecostalism in Africa and Latin America, Londres, Hurst&Company, 2001.
GIL FILHO, S. F. Geografia da religião: estudos da paisagem religiosa. Disponível em:http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/arquivos/File/simposio2011/artigo1gil.pdf. acessado em: 12/08/18.
GRABAR, O. O sentido do Sagrado. O Correio da Unesco, Rio de Janeiro, v. 16 n 10, out., p.27-31, 1988.
GRABURN, N. Tourism: the sacred journey In: SMITH, V. (org.). Hosts and Guests: the anthropology of tourism. 2ª ed. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1989.
ROSENDAHL, Zeny Território e territorialidade: uma perspectiva geográfica para o estudo da religião. Anais: X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo.
MAGNANI, J. G. C. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais - v. 17, n. 49, jun. 2002.
MARY, A. Africanité et cristinité: une interaction première. Archives de sciencies sociales dês religions, 143, pp. 9-31, 2008.
OLIVEIRA, R. C. O Trabalho do Antropólogo: Olhar, Ouvir, Escrever. Revista de Antropologia. São Paulo: USO, V. 39, N. 1, 1996.
ORO, A. P. Transnacionalização evangélica brasileira para a Europa: tipologia, significados e acomodações, 2017.
STEIL, C. A. Peregrinação e turismo religioso: tendências e paradigmas deinterpretação. Newsletter de La Asociación de Asociación de Cientistas Sociales de La Religión en El Mercosur,Buenos Aires, nº 13:1-5, 2002. Disponível em: http://www.naya.com.br.
__________. Peregrinação, Romaria e Turismo religioso: raízesetimológicas einterpretações antropológicas. In: ABUMANSSUR, E. S. (org.).Turismo Religioso: ensaios antropológicos sobre religião e turismo. Campinas: Papirus, 2003.
STEIL, C. A.; CARNEIRO, S. de S. Peregrinação, Turismo e Nova Era: Caminhos de Santiago de Compostela no Brasil.Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 28(1): 105-124, 2008.
TEDESCO, J. C.; MELLO, P. A. T. de. Imigração e transnacionalismo religioso. Os senegaleses e a confraria Muride no centro-norte do Rio Grande do Sul. Revista Nures, Ano XI, n. 30, Maio-Agosto, 2015.
TROMBETTA, P. L. (Org.). Cristianesimi senza frontiere: Le Chiese Pentecostali nel mondo. Roma, Borla, 2013.
USARSKI, F. Declínio do budismo "amarelo" no Brasil.
Tempo Social: revista de sociologia da USP,20(2),133-153, 2008. Disponível em: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0168-ssoar-281325. Acessado em: 10/08/18.
________. O momento da pesquisa sobre o Budismo no Brasil: tendências e questões abertas. Debates do NER, 7 (9), pp. 129-141, 2006. Disponível em: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0168-ssoar-281930. Acessado em: 10/08/18.

2 comentários:

  1. Caro Jander e cara Vitória,
    Parabéns pelo texto. Torço para que a iniciativa de vocês incentive mais pesquisas sobre Budismos no Brasil.
    Tenho apenas dois comentários, mas, se desejarem, podemos dialogar sobre:
    1. No texto usaram bastante (6 vezes) o termo "sagrado", sendo que somente uma era uma fala de "nativos"; as outras 5 vezes foram usadas de um ponto de vista acadêmico, e isso é preocupante; sei que é razoavelmente comum ver isso em termo em textos acadêmicos em português, mas, como especialista no estudo científico de religiões, sugiro fortemente reverem o uso desse termo, devido as conotações teológicas e pouco instrumentalizáveis dele; indico lerem esse texto para entenderem melhor: "Enganos sobre o sagrado" https://www.pucsp.br/rever/rv4_2004/p_usarski.pdf
    2. Indico procurarem, também, sobre a "teoria da transplantação das religiões", pois acredito que pode responder algumas das suas questões. Por exemplo, esse é um ótimo texto:
    PYE, E. Michael. The Transplantation of Religions. Numen, Vol. 16, Fasc. 3 (Dec), 1969, pp. 234-239.
    ou
    BAUMANN, Martin. The transplantation of Buddhism to Germany: processive modes and strategies of adaptation. In Method & Theory in the Study o f Religion, n. 6/1, 1994, pp. 35-61.
    ou
    CLASQUIN, Michel. Transplanting Buddhism: an investigation into the spread of Buddhism, with reference to Buddhism in South Africa. Doctoral Thesis in Religious Studies. Pretoria, South Africa: University of South Africa, 1999.
    ou
    GOLDBERG, Ellen. The Re-Orientation of Buddhism in North America. In Method and Theory in the Study of Religion, vol. 11, 1999, pp. 340-350.
    ou
    SHOJI, Rafael. The Nativization of East Asian Buddhism in Brazil. Tese de Doutorado em Religionswissenschaft (Ciência da Religião). Hannover, Alemanha: Universidade de Hannover, 2004.
    ou
    COSTA, Matheus Oliva da. Daoismo Tropical: Transplantação do Daoismo ao Brasil através da Sociedade Taoísta do Brasil e da Sociedade Taoísta SP. Dissertação de Mestrado em Ciências da Religião, PUC-SP: São Paulo, 2015.
    Espero ter contribuído de alguma forma. Abraços

    ResponderExcluir
  2. Caro Matheus, agradece-se sua contribuição ao nosso trabalho. Quanto ao uso das terminologias, estamos cientes de sua ponderação, visto que, dado as regras de submissão, além de ter sido realizado "cortes" no mesmo para atender o limite de palavras. Também, no trabalho original, em nota de rodapé é explicado as nuances sobre a (não) utilização dessa terminologia em Antropologia, especialmente. De fato, em Antropologia da Religião, o uso dessa terminologia implica discussões interessantes.
    Quanto as bibliografias, as mesmas são de grande relevância para o estudo do Budismo e levamos me consideração às mesmas, apesar de nessa versão do nosso trabalho apresentado, elas não tenham sido citadas.
    Mais uma vez, agradecemos a contribuição.
    Jander F. Martins e Vitoria D. Wingert
    Quanto as bibliografias

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.