Wendell Presley Machado Cordovil e Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues

MANGÁ NARUTO NA AULA DE HISTÓRIA: O MONUMENTO DOS HOKAGE E A MEMÓRIA, A VONTADE DO FOGO E A IDENTIDADE NACIONAL

Nesse breve texto temos por objetivo discutir sobre a possibilidade da utilização de quadrinhos japoneses nas discussões históricas no ensino básico. Utilizando como base a obra “Naruto” - mangá de Masashi Kishimoto - pensamos uma metodologia, direcionada a uma turma do 9º ano, para debater a questão de memória e identidade nacional na disciplina de história a partir de elementos presentes, e dos contextos, nessa história em quadrinhos japonesa.

Mangás e a história, mangás na aula de história
Os quadrinhos japoneses, conhecidos como mangás, já fazem parte da nova mídia consumida pelos jovens brasileiros. Cada vez mais o acesso a essas obras japonesas se torna mais fácil. Seja pelas publicações realizadas por editoras nacionais ou por meio de sites que disponibilizam o conteúdo em formato digital. O consumo desse material por jovens é significativo em número de vendas e também para a própria formação desses como sujeitos históricos. Um texto da pesquisadora Adriana Hoffmann Fernandes (2006) nos deixa muito claro quanto a leitura dessas obras é importante para a formação individual dos jovens.

A partir do artigo de Adriana Fernandes podemos compreender que a relação das crianças e adolescentes que possuem contato com esse tipo de obra vai além do que pensa o senso comum. Ao buscar o discurso desses sobre os mangás fica evidente no trabalho da autora que várias percepções sobre o mundo e as relações sociais são construídas pelos jovens a partir da leitura dessas obras japonesas.

Nos discursos recolhidos pela autora os leitores entrevistados comentam até mesmo sobre a diferença das obras estadunidenses ante as obras orientais. Afirmam que a construção dos heróis nos mangás é realizada de uma forma que se torna mais fácil a identificação do leitor com o personagem, diferente dos heróis “americanos” descritos como “aquelas coisas extraordinárias”.

Com isso, fica inegável que as obras orientais possuem grande significação na vida de um aluno do ensino básico que lê esse tipo de produção.

Janaina de Paula do Espírito Santo (2013) mostra em um artigo de sua autoria que os quadrinhos ganham cada vez mais espaço como fonte, objeto de pesquisa e como representante de novas abordagens para o ensino.  A utilização desse recurso aparece mais nas aulas de língua portuguesa, no entanto é uma ferramenta que pode – e deve - ser utilizada por professores das diversas áreas do conhecimento.

No que diz respeito ao ensino de história, os mangás tornam-se materiais muitíssimo ricos para serem trabalhados em uma aula. As produções em quadrinhos e animações japonesas muitas vezes se importam em trabalhar temas históricos, a partir disso um campo de possibilidades se abre para o professor pesquisador, com isso podendo construir metodologias mais atrativas, dinâmicas e significativas para os alunos.

A necessidade de abordagens metodológicas que atraiam os alunos é reafirmada na Base Nacional Comum Curricular. Na última versão apresentada da BNCC direcionada aos anos do Ensino Médio essa etapa do ensino básico é entendida como “um gargalo no direito à educação” e entre os fatores que explicariam esse cenário, segundo a BNCC, se destacariam:

“[...] desempenho insuficiente dos alunos nos anos finais do Ensino Fundamental, a organização curricular do Ensino Médio vigente, com excesso de componentes curriculares, e uma abordagem pedagógica distante das culturas juvenis e do mundo do trabalho.” (BNCC, 2018, p. 461).

Esse distanciamento das culturas juvenis pode ser diminuído com a utilização de metodologias que busquem entrar em diálogo com as novas mídias quais os alunos entram em contato cotidianamente, que já fazem parte da sua realidade e, como já foi mostrado com o trabalho de Adriana Fernandes, que ajudam a moldar até suas percepções sobre o mundo.

Os professores e professoras de história não podem simplesmente ignorar essas obras com que os alunos possuem contato. Devem pesquisar sobre elas e verificar as possibilidades de abordagens para em seguida construir métodos que as utilizem como ferramenta.

Os quadrinhos no livro didático: tem mangá?
Sabe-se que uma das ferramentas mais utilizadas pelos professores é o livro didático. Muitos constroem suas aulas tendo como base a organização de conteúdos e fontes disponíveis nesses. A partir dessa compreensão selecionamos duas coleções de livros utilizadas em escolas públicas do município de Ananindeua (PA) para analisar se em alguma medida o conteúdo apresentado nessas coleções dialoga com quadrinhos atentando-nos para a presença de mangás.

Os livros selecionados foram dois volumes do 8º e 9º ano da coleção “História: sociedade e cidadania” da editora FTD, e os três livros direcionados ao ensino médio da coleção “Conexões com a história” da editora Moderna. Todos válidos para os anos de 2017 a 2019.

Nossa pesquisa objetivou analisar se os livros em questão fazem a utilização de trechos de histórias em quadrinhos, ou tiras de quadrinhos, de maneira atrelada ao conteúdo, seja com os textos principais ou em atividades de fim de capítulo.

Os livros direcionados ao oitavo e nono ano são de autoria de Alfredo Boulos Júnior.  Esses dois livros apresentam um grande número de recursos visuais, entre imagens de pinturas, fotografias, charges e imagens de panfletos. O livro destinado ao oitavo ano do ensino fundamental utiliza bastante as charges como recurso, solicitando em alguns momentos a interpretação dessas. No entanto não se utiliza de tiras de quadrinhos como recurso didático. Também não utiliza nenhum trecho de história em quadrinhos.

O volume direcionado para o nono ano utiliza três tiras de quadrinhos como recurso didático. Na página 143, quando trata sobre o governo de Vargas, utiliza, em meio a apresentação do conteúdo, uma tira de quadrinho de cunho crítico ao governo de Vargas publicada no jornal Folha da Noite, em 20 de setembro de 1934. Na página 170 utiliza uma tirinha de Bill Watterson, intitulada de Calvin e Haroldo. A tirinha é utilizada na parte de atividades que trata sobre o período de Guerra Fria. A última tira de quadrinhos utilizada no livro está na página 295. De autoria de Jim Davis a tira de quadrinho mostra um diálogo entre o gato “Garfield” e seu dono onde se realiza uma crítica contra a programação de TV.

No total os dois livros apresentaram 3 tiras de quadrinhos, nenhuma história em quadrinhos e nenhum mangá.

A outra coleção analisada, direcionada à etapa do ensino médio são de autoria de Alexandre Alves e Letícia Fagundes de Oliveira.

Ao todo os volumes apresentam 8 tiras de quadrinhos e 2 trechos de histórias em quadrinhos, sendo um desses retirado de um mangá. Cinco das oito tirinhas estão presentes no livro direcionado ao primeiro ano do ensino médio, quatro estão em atividades de final de capítulo (p.88, p.111, p.163 e p.203), e uma em meio a apresentação do conteúdo (p.146). O livro do segundo ano possui 3 tiras de quadrinho (p.114, p.131, p.174) duas utilizadas na parte de atividades de final de capítulo e uma atrelada à apresentação do conteúdo. O livro direcionado ao terceiro ano não apresenta nenhuma tira de quadrinho ou trecho de quadrinho.

Os dois trechos de histórias em quadrinhos aparecem no livro direcionado ao 1º ano do ensino médio. Na página 79 o livro aborda sobre a religiosidade hebraica, utiliza-se de um trecho da obra “Genesis” ilustrada por Robert Crumb.

O trecho de historia em quadrinho que aparece na página 73 desse mesmo livro apresenta-se em uma atividade de final de capítulo, após o conteúdo do livro discutir história indiana e chinesa. Esse trecho é retirado da obra “Buda no reino de Kapilavastu”, de Osamu Tezuka.  O enunciado da questão faz a apresentação sobre o autor Osamu Tezuka e comenta que uma de suas obras conta a história de Buda. A questão apresenta os personagens presentes na cena que será destacada, o garoto Chapra, filho de um sudra, e o rei de Kosala, o membro de uma casta superior. A cena da história em quadrinhos retrata o momento em que o rei de Kosala descobre que o garoto Chapra pertence à casta dos sudras e mostra seu desapontamento com o fato. A imagem a seguir mostra a parte do livro onde o mangá é utilizado.

Imagem 1: Foto do livro didático.

Após a apresentação do trecho do mangá três indagações são realizadas: (a) Qual é o elemento de tensão presente no diálogo entre o rei de Kosala e o garoto Chapra? (b) Explique o desapontamento do rei com base no bramanismo. (c) De que maneira a ideia de carma justifica a sociedade de castas?

As indagações da atividade possibilitam o diálogo direto entre o conteúdo que foi apresentado anteriormente no e a história contida no mangá. Esse pequeno exemplo presente no livro mostra que é possível realizar uma metodologia didática tomando os mangás como ferramentas. Esse mesmo trecho de mangá poderia muito bem ser introduzido em diálogo com os textos principais.

No geral os livros apresentaram um número bem pequeno de histórias em quadrinhos, as tiras em quadrinhos aparecem com maior frequência. Isso pode se dar por conta de as tiras se reduzirem em poucos quadros e em uma narrativa mais fechada, a história da tirinha está contida toda somente nos poucos quadros da tirinha. No caso da história em quadrinho a narrativa se desenvolve em mais quadros, com isso é necessário selecionar cenas. Porém o livro que apresenta o mangá mostra que é possível e bastante interessante utilizar esse tipo de recurso como meio didático. A história apresentada se encaixa muito bem no conteúdo que o capítulo discutiu, além disso, pode ser capaz de despertar no aluno um sentimento maior de interesse tendo em vista que é um quadrinho, e, além disso, é um mangá. Se o aluno já possuir o contato com mangás, com certeza ficará mais empolgado com a discussão, com a disciplina e com a escola.

Usando o mangá Naruto para ensinar noções históricas: o Monumento dos Hokage e a Vontade do Fogo
Naruto é um mangá criado por Masashi Kishimoto e publicado em 1997. É possível perceber que a obra fica bastante famosa no Brasil a partir de 2007, quando o anime homônimo da obra é lançado em território nacional também em TV aberta. Juntamente com o anime, o mangá se popularizou bastante no Brasil. Publicado pela editora Panini chegou a permanecer por muito tempo no topo da lista dos mais vendidos.

“Naruto” conta a história de um menino órfão que perdeu os pais em um desastre ocorrido em sua vila. A narrativa se passa em um mundo que mistura elementos históricos e ficção.  Apresenta um cenário de um Japão Feudal governado por ninjas que possui tecnologias como televisão, câmeras, transmissão de rádio e TV, etc. O governo de todos os países existentes em Naruto são governos militares, os ninjas. As principais vilas de cada país possuem um líder, esse é considerado e reconhecido pelos ninjas e civis como o ninja mais forte da aldeia. Na vila do personagem Naruto esse líder recebe o título de “Hokage”. Ele é responsável pela defesa do país e da vila, além de gerir as relações econômicas de seu vilarejo e possuir o dever de zelar pelo sistema vigente de governo.

Nesse mangá existem dois elementos que pretendemos focar a abordagem de nossa proposta metodológica, exatamente por conta desses dois elementos essa obra foi selecionada. O primeiro elemento é o “Monumento dos Hokage”. Na obra, a vila de Naruto, intitulada de “Vila da Folha”, é o centro militar do País do Fogo. Nessa vila desde sua fundação o sistema militar de governo define os nomes que ocuparão o cargo de “Hokage”, o maior líder e ninja da vila. Na vila uma montanha é usada para esculpir o busto de seus Hokage. Esse monumento é intitulado na obra de “Monumento dos Hokage” e todos os ninjas devem respeitar e zelar pela permanência desse símbolo. A imagem abaixo apresenta o Monumento dos Hokage com o busto dos cinco primeiros Hokage.


Imagem 2: Monumento dos Hokage.
Disponível em: http://static3.wikia.nocookie.net/__cb20130608032605/naruto/pt-br/images/6/6b/Monumento_dos_Hokage.PNG 

O autor da obra possivelmente se inspirou no Monte Rushmore, monumento construído entre 1927 e 1941 no Estado de Dakota do Sul com os rostos de presidentes notáveis perante a memória nacional estadunidense, para elaborar o monumento presente na aldeia da Folha. A relação que se pode fazer nesse caso é de que no mundo de Naruto o Monumento dos Hokage serve para construir e firmar uma memória sobre seus Hokage, assim como o Monte Rushmore tenta firmar uma memória sobre determinados presidentes dos Estados Unidos da América. Em seguida uma imagem do Monte Rushmore para servir de comparação.


Imagem 3: Monte Rushmore. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Rushmore#/media/File:Dean_Franklin_-_06.04.03_Mount_Rushmore_Monument_(by-sa)-3_new.jpg  

O outro elemento presente em Naruto que nos interessa muito é a “Vontade do Fogo”. Na obra a Vontade do Fogo é um sentimento repassado como um sentimento que une todos os habitantes da vila como verdadeiros “cidadãos” do País do Fogo. A partir disso é possível analisar a ideia de Identidade Nacional presente no discurso sobre a Vontade do Fogo.

Imagem 4: KISHIMOTO. Naruto 139, p 6-7. Imagens da internet.
Disponível em: https://mangahost-br.cc

A partir disso elaboramos uma metodologia para uma aula sobre o período de ditadura civil militar brasileiro que se utiliza desses elementos do mangá Naruto para discutir sobre as noções de Monumento e Identidade Nacional. A aula foi pensada da seguinte forma para uma turma de 9º ano:

Objetivos: 1 – Tratar sobre o período brasileiro conhecido como de ditadura civil militar. 2 – Abordar sobre a ideia de Identidade Nacional, com isso debater sobre a ideia de nacionalismo no período de ditadura-civil militar brasileiro. 3 – Discutir sobre a ideia de uma memória nacional nesse período como tentativa da criação de uma ligação em comum entre todos os habitantes de um país, localizando a discussão principalmente no período de ditadura civil militar brasileiro.

Conteúdos: Expor sobre o início do período compreendido como sendo de Ditadura civil-militar no Brasil e os objetivos dos militares ao subir ao poder. Explanar sobre o modelo político que o governo desse período pretendia construir. A memória que o governo pretendia construir sobre o país e sua população. Dessa forma tentando criar uma identidade nacional e um sentimento de nacionalismo. Dentro da ideia de memória e identidade nacional, comentar sobre a imagem que o governo desse período possuía dos povos indígenas.

Metodologia: Primeiramente pretendemos situar historicamente os alunos no momento de início do governo militar. Comentar sobre a situação do país naquele momento e as pretensões dos militares ao assumirem o poder. Um pouco sobre suas políticas exteriores e internas.

Após isso pretendemos fazer com que os alunos pensem sobre o porquê um Estado Nacional se preocupa em criar uma memória em comum. Localizar a discussão no momento de ditadura civil-militar brasileira expondo o pensamento daquele governo sobre as características nacionais que visavam construir como formadoras de uma Identidade Nacional. 

Discutir a compreensão do governo civil-militar sobre os indígenas. Questionar como as políticas e as práticas do governo mostravam a visão do Estado sobre os indígenas.

Comentar sobre a importância da criação de uma memória nacional para os Estados Nacionais reafirmarem seu poder. Além de pensar de que forma o indígena aparecia nessa memória.

Discutir sobre a ideia de Nacionalismo presente no governo de ditadura civil-militar. Além de comentar sobre a utilização das novelas com o objetivo de divulgar uma ideia de brasilidade.

Após isso dois anexos serão entregues a cada um dos alunos (três folhas no total) com uma parte do mangá de “Naruto”.

Será explicado o sentido de leitura oriental, em seguida será dito que a criança chorando no anexo 1 (imagem 4) é um ninja em treinamento. Esses ninjas, no mundo de Naruto, são como soldados que visam defender o interesse de seu país, até mesmo se tiverem que morrer para conseguir isso.

O homem que fala com o garoto é o líder maior da vila, o Hokage, e pretende dar uma significação para aqueles que morrem em batalha, para isso comenta sobre “Espírito do Fogo” (também mencionado como “Vontade do fogo”). Esse espírito do fogo, no mundo de Naruto, é como um sentimento em comum que liga todos os habitantes do país do Fogo. O “Espírito do Fogo” se assemelha muito a ideia de Identidade Nacional. O sentimento desses ninjas do mangá Naruto pode ser comparado - guardado as devidas proporções - com o sentimento nacionalista que o governo de ditadura civil-militar pretendia passar para a população em geral.

No anexo dois (imagem 2) os alunos poderão perceber o “Monumento dos Hokages”. Será explicado que no mundo de “Naruto” esse monumento possuiu o rosto de todos os Hokages (que são como governadores) e que esse monumento visa construir uma memória e cultura histórica para reafirmar a ideia de uma Identidade Nacional.

Após isso será dada a orientação aos alunos para que redijam uma redação de pelo menos 20 linhas que comente sua compreensão da temática estudada comentando sobre a imagem que o governo civil-militar pretendia construir sobre o Brasil.

Referências
Wendell Presley Machado Cordovil é graduando de licenciatura em História pela Universidade Federal do Pará – Campus de Ananindeua. Bolsista PIBIC no projeto “História e Educação Ambiental nas escolas de Ananindeua”, coordenado pelo Prof. Dr. Wesley Oliveira Kettle. Email: wendellmcordovil@gmail.com
Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues é graduanda de licenciatura em História pela Universidade Federal do Pará – Campus de Ananindeua. Email: rodrigues.f@outlook.com.br

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf Acesso em 02/09/2018
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site.pdf. Acesso em: 05/09/2018
MORAES, Thiago Aguiar de. Concepções de identidade nacional, a ditadura civil-militar, a conciliação e o “homem cordial”. Oficina do Historiador, v. 2, n. 1, p. 1-19, 2010.
FERNANDES, Adriana Hoffmann. O jovem e o consumo do mangá: reflexões sobre narrativa e contemporaneidade. GT: Educação e comunicação, nº16, UERJ, 2006. Disponível em: http://www.irece.faced.ufba.br/twiki/pub/GEC/TrabalhoAno2006/o_jovem_e_o_consumo_do_manga.pdf Acesso em: 05/09/2018.
LE GOFF, Jacques. Prefácio e História. In: História e Memória. 5° ed. Campinas, SP: editora da Unicamp, 2003. Pp.7-47.
PINTO, Tales dos Santos. Construção da identidade brasileira. Mundo Educação. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/a-identidade-nacao-brasileira.htm Acesso em: 04/02/2018.
SANTO, Janaina de Paula do Espírito. Mangás, Segunda Guerra e o conhecimento histórico: Diferentes apropriacões. In: 2 Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos. Universidade de São Paulo, 2013. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/anais2ajornada/anais2asjornadas/anais/4%20-%20ARTIGO%20-%20JANAINA%20DE%20PAULA%20DO%20ESPIRITO%20SANTO%20-%20HQ%20E%20HISTORIA.pdf Acesso em: 05/09/2018.
SERÁFICO, José; SERÁFICO, Marcelo. A Zona Franca de Manaus e o capitalismo no Brasil. Estudos Avançados, v. 19, n. 54, p. 99-113, 2005.
ZAMBONI, Ernesta et al. Projeto pedagógico dos parâmetros curriculares nacionais: identidade nacional e consciência histórica. Cadernos Cedes, 2003.


58 comentários:

  1. Primeiramente, quero parabenizá-los pelo excelente artigo. Minhas dúvidas são as seguintes: Na visão dos autores, a História de Naruto pode relacionar-se com outros períodos históricos no Brasil? Até que ponto é possível utilizar o Mangá como instrumento didático?

    Ediliz Aparecida Ferreira da Silva
    Graduada em Pedagogia - Faculdade Anhanguera de Guarulhos.

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    1. Olá Ediliz, agradecemos os questionamentos.

      1. A obra Naruto possui vários elementos que podem ser utilizados por professores de diversas áreas em suas abordagens. No caso da história, outros períodos históricos podem sim ser abordados. A história de Naruto se passa em um mundo que guarda semelhanças fortes com o período feudal no Oriente, com o conhecimento disso o professor pode utilizar elementos do mangá para debater tanto o período histórico quanto as leituras sobre esse período histórico (consciência histórica). Além disso, os próprios elementos que utilizamos como ferramenta de debate (o Monumento dos Hokage e a Vontade do Fogo) podem ser utilizados em outros contextos históricos para realizar-se o debate sobre construção de Identidade Nacional, patrimônio e memória.

      2. Os quadrinhos em geral são instrumentos riquíssimos aos professores das diversas disciplinas. No caso do mangá, além de ser um instrumento que possibilita diversas abordagens, ele consegue em muitos casos cativar a atenção dos alunos que já possuem contato com esse tipo de produção e causar até mesmo um sentimento de "representatividade"(como aponta o trabalho da professora Adriana Fernandes). No entanto, ao professor cabe construir um plano de aula que descreva como a discussão irá ser construída e em que momento, e de que maneira, o mangá será utilizado. O mangá não pode simplesmente ser apresentado ao aluno sem nenhum debate, por isso o professor deve ter a atenção sobre o que quer que os alunos compreendam com o elemento do mangá que está sendo utilizado. A resposta para "Até que ponto é possível utilizar o Mangá" talvez seja: Até onde a criatividade e referências teóricas do professor permitir.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  2. Além do mangá Naruto, quais outros são bons para retratar fatos históricos?

    Erika K. Takaqui
    Graduanda em História - Universidade Estadual de Maringá

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    1. Oi Erika, Boa tarde
      além do Mangá Naruto, uma outra boa sugestão de mangá, é o "Hadashi no Gen" da década de 80 ,você pode encontrar ele na disponível na internet, e ele traz bastante elementos ricos e significativos tanto para trabalhar no ensino de história quanto para as pesquisas como fonte, pois além de abordar não somente o ataque a Hiroshima ele traz alguns elementos do cotidiano das personagens e também por apresentar ser uma obra de um passado não tão distante daqueles que viveram o ocorrido, além do Mangá que é de 80 há também o anime.
      att,
      esperamos ter contribuído

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  3. Parabéns pelo Artigo maravilhoso, a minha dúvida é: Sabendo que o Anime Naruto é um dos mais assistindo pelos jovens, sendo assim é um dos mais influenciadores para entender-lo. Qual a melhor metodologia para se aplica-lo dentro da sala e ajudar o aluno entender aquele período histórico?

    Att: Ana Paula Lima Cunha

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    1. Olá Ana Paula,
      sem duvidas o mangá ele é riquíssimo para abordar as mais diversas temáticas : Patrimonio, memória e identidade nacional são uns exemplos, mas cabe a cada professor e professora conhecer a turma e fazer o ato da seleção e planejamento seja em um roteiro de aula ou Plano de Aula, o professor pode por meio de mangás promover em sala o gosto pela leitura; sobre a metodologia, a que usamos foi aquela que consideramos a melhor dentro da nossa realidade e da possibilidade escolar, vale lembrar que cada escola é diferente uma da outra, algumas oferecem aparato e recursos que te permite uma boa aula outras nem tanto assim, mais nada que nós desanimemos tão fácilmente, outra coisa a levar em consideração é a turma, umas são diferentes das outras, algumas são mais abertas a novas abordagens no ensino de história quanto outros; bem, em relação a sua pergunta sobre a metodologia e aplicabilidade em sala articulada com o conteudo, para isso eu e meu colega tivemos que tomar os seguintes procedimentos para que pudesse a vim ser viável o uso do mangá para isso tomamos nota no planejamento de aula, constando nele as identificações de a) turma, b) tema da aula, c) os objetivos da aula, d) metodologia da aula, e) conteudos, f) cronograma e a atividade a ser realizada, g) Bibliografia. No processo do plano de aula identificava a metodologia e recursos a serem usados como : Quadro, giz, mangá imprenso; 1º momento, apresentar a turma o assunto e contextualizar, 2º em roda de conversa com os alunos, apresentar as imagens selecionadas pelo professor, dá para as equipes as xerox's e debater e expor as considerações a cerca do trabalho, 3ª momento a atividade da Reedação , e uma atividade de criação de História em Quadrinho pelos grupos sobre o tema, com a orientação do professor.
      att, esperamos ter respondido a sua colocação
      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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    2. Bom dia, por sua analogia entre o “monumento dos hokage” e o Monte Rushmore, na sua opinião isso seria um traço de ocidentalização na obra ou sua forma de ver a obra por sua lógica ocidental?

      GABRIELLY TEIXEIRA MONTEIRO

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    3. Olá Gabrielly, obrigado pelo questionamento.

      Acredito que para a construção de uma obra o autor utiliza de seus conhecimentos prévios de mundo, para inspirar-se e construir algo novo. Nesse caso em específico, creio que Masashi Kishimoto pode ter se utilizado conscientemente o Monte Rushmore para que os leitores fizessem essa ligação. Não sei se posso caracterizar como ocidentalização, seria necessário verificar um pouco mais profundamente o sentido de aplicação do conceito, porém a globalização permite essa interação maior de conhecimentos. A arte japonesa pode gerar inspirações na arte brasileira, assim como o inverso. Até que ponto o Brasil estaria se "orientalizando" e o Japão se "ocidentalizando"?

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  4. Em que medida os mangás poderiam ser utilizados como ferramenta de caderno didático?
    RICARDO PEREIRA PINTO

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    1. Olá Ricardo, obrigado pela pergunta.

      Não sei especificamente o que quer dizer com "caderno didático", mas pesquisei um pouco e pelo que vi é o conjunto de conteúdos que devem ser discutidos pelo professor, correto? Se não for isso por favor comente, eu e minha companheira de trabalho somos da região Norte do Brasil, Estado do Pará, o termo não é comum.

      Sobre a pergunta, desde a Escola dos Annales, tratando necessariamente sobre a disciplina histórica, novas abordagens para a pesquisa na área da história ficaram disponíveis. Com a ideia de que "A história é a ciência dos homens no tempo", defendida por Marc Bloch, as perspectivas de pesquisa aumentam de forma gigantesca, assim como as perspectivas de ensino também. A disciplina passa de ser um estudo do passado pelo simples passado e busca dar significação para o estudo desse passado. No ambiente escolar isso também é necessário, dar significação para a disciplina nos componentes curriculares. O uso de música, pintura, fotos, filmes, e histórias em quadrinhos - no caso, as japonesas - possibilitam não somente análises sobre os elementos presentes na obra ou a construção dela, mas também o interesse dos alunos pelo conteúdo.
      O uso do mangá pode ser utilizado para: aumentar o interesse e atenção dos alunos pela disciplina; aumentar o rendimento dos alunos na disciplina; facilitar em certa medida a compreensão de certos conceitos; discutir períodos históricos - principalmente nos mangás que possuem um determinado momento histórico como foco, um exemplo é "Gen Pés descalços".
      Mesmo com conteúdos já definidos, seja pela BNCC ou por outras especificações de escolas, sempre é possível - a criatividade do professor tem um papel importante - utilizar mangás seja para qual for o conteúdo histórico.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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    2. Parabéns pelo seu artigo, pois é muito enriquecedor.
      RICARDO PEREIRA PINTO

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    3. Agradecemos o elogio, ficamos felizes por contribuir e abrir discussões por meio desse texto
      Bom fim de semana e boa Noite
      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues

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    4. Nós que agradecemos.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  5. Boa Noite, primeiramente parabéns pelo artigo!

    Sou fã em anime, como também em mangás, compreendo que essa ferramenta didática é muito importante para o ensino de jovens e adolescentes, principalmente por questão de estimulo e por conter uma linguagem simples. Sabemos que o livro didático é produzido pela elite da sociedade, e por isso traz muita influência com a cultura norte-americana (as histórias em quadrinhos), apesar da maioria dos brasileiros preferirem os animes, isso infelizmente acontece.

    Em relação a isso, qual é a diferença da abordagem ensino/aprendizagem dos Mangás com as HQ americanos?

    Brena Sirelle Lira de Paula

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    1. Olá Brena, obrigado pelo questionamento.

      Pelo trabalho da professora Adriana Fernandes(presente nas referências do texto referências) podemos entender, pela fala dos próprios jovens, que muitos alunos conseguem se identificar mais com as histórias japonesas do que com as estadunidenses. Levando isso em conta, dependendo da turma, o processo de utilização de mangás seria mais efetivo do que a utilização de quadrinhos estadunidenses.
      No quesito de metodologia de utilização de HQs estadunidenses e mangás, Marjory Cristiane Palhares (2008) comenta que "As histórias em quadrinhos podem ser utilizadas para introduzir um tema, para aprofundar um conceito já apresentado, para gerar discussão a respeito de um assunto, para ilustrar uma ideia. Não existem regras para sua utilização, porém, uma organização deverá existir para que haja um bom aproveitamento de seu uso no ensino podendo desta forma, atingir o objetivo da aprendizagem". Se levarmos essa afirmativa como certa devemos considerar que não existe necessariamente diferenças metodológicas para a utilização de mangás e HQs estadunidenses, no entanto o professor deve atentar para as diferenças culturais que aparecem com o próprio ato de ler a página de mangá e de um quadrinho estadunidense: a leitura ocidental é da esquerda para direita e a oriental é da direita para a esquerda. São detalhes metodológicos que devem ser observados.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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    2. PALHARES, Marjory Cristiane. História em quadrinhos: uma ferramenta pedagógica para o ensino de história. Dia a Dia Educação-Governo do Paraná, p. 1-20, 2008.

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  6. Bom dia e primeiramente parabéns pelo trabalho.
    Minha pergunta vai um pouco em direção as anteriores, mas sendo um pouco mais específico na área de atuação. Com a atual crescente de animações e mangás com um certo cunho educacional (a exemplo disso temos os recém serializados Hataraku Saibou tratando do sistema imune do corpo e função das células e Golden Kamuy, mais ficcional mas abordando um pouco a questão Aino-Nipônica) vocês acreditam que os historiadores como um todo deveriam voltar suas pesquisas para o estudo de tais obras e seus impactos no ensino de crianças e jovens?

    Matheus Felipe Francisco

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    1. Olá Matheus Felipe, Boa Tarde.
      Sim, acreditamos que deveriam aumentar o numero de pesquisas sobre essas obras japonesas e o uso dela como ferramenta didaticas que visem optimizar o ensino, embora ja tenha se observado que no cenário há historiadores que tenham se debruçado sobre o assunto de tiras, charges, e HQ's tanto quanto fonte como trabalhando elas como recursos didáticos, é necessario que se pesquise e explore mais, principalmente sobre mangás e a cultura escolar.Destacamos também nesse processo a atuação do ProfHistória que é um programa de mestrado nacional onde possui nucleos em diversas Universidades Federais das quais se concentra no Ensino de História, buscando melhorar o ensino atentando para as novas linguagens e abordagens de ensino sempre levando em consideração a cultura escolar, tais pesquisas que ja abordam essa tematica de HQ's, Tiras e Mangás, embora sejam pouquissimas elas nós tem proporcionado grandes reflexoes sobre os usos dessas fontes tanto quanto para a didatica de ensino quanto como pesquisa histórica, vale ressaltar que as HQ's, tiras e mangás fazem parte do universo escolar e cultura juvenil, portanto aos poucos as pesquisas mais recentes tem se voltado o olhar a essas questões como objeto de estudo. Porém ressaltamos, ainda é preciso inserir cada vez mais essas ferramentas no ensino.
      att,
      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  7. Olá, parabéns aos autores.

    Sou professor a dois anos, trabalho com turmas do 6º ao 9º.
    Achei super interessante a pesquisa e o resultado do trabalho de vocês.
    Desci assistindo o anime "Naruto" e quando posso trabalho esse tema na sala de aula.
    Acredito que esse material pode ajudar o interesse e na interação com o aluno sobre os mais diversos temas.
    Eu trabalho com os alunos tanto, a cultura, sociedade e religião não só o Naruto, como Dragon Ball e Nanatsu no Taizai.
    Vocês já pensaram em trabalhar com esse dois materiais diferentes?
    Outra pergunta é se vocês já acompanharam a continuação do Naruto, no caso o Anime "Boruto"?
    Esse anime vem com uma mistura ainda maior do oriente com o ocidente, os hamburguês, batatinha frita e muito mais itens. Você acham que isso pode perder um pouco a relação com o Oriente?

    Parabéns pelo trabalho.

    Anderson da Silva Schmitt

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    1. Olá Anderson, obrigado pelo questionamento.

      Muito entusiasmante saber que você é um professor que já trabalha com esses recursos, primeiramente parabéns e obrigado - a dinâmica de ensino aprendizagem lhe agradece também.
      Eu(Wendell) ainda não pensei dinâmicas com Dragon Ball e Nanatsu, no entanto já vi o uso de Dragon Ball para a disciplina de Física. Porém a Eliandra já pensa a utilização de Dragon Ball no ensino de história, mesmo ainda sem trabalhos publicados nessa temática.
      Acompanhamos sim Boruto. Com a questão dessa "mistura" maior entre Ocidente e Oriente podemos pensar também a globalização e as interações sociais entre os mais variados países (a questão étnica na Aldeia da Folha, por exemplo, mudou drasticamente de um anime/mangá para o outro), além disso debater sobre o desenvolvimento de novas tecnológicas e o que isso provoca nas interações sociais.
      Essas questões podem não causar a perda das relações com o Oriente na obra, mas trazer as possibilidades de se falar da globalização.

      Obrigado novamente.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  8. Olá Eliandra e Wendell. Muito bacana o trabalho de vocês, parabéns! Minha pergunta é: como vocês planejariam pra trabalhar com um livrinho inteiro de HQs? Visto que para a aula descrita utilizaram de recortes.
    Obrigada
    Gabriela Migon

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    1. Olá Gabriela Migon, Boa noite.
      Obrigada por sua pergunta, como futuro professores temos que ter em mente a realidade escolar, ainda que dê pra trabalhar um livro todo de HQs ou no nosso caso, um Mangá ( que no geral Naruto tem entre 18 a 41 paginas em alguns capítulos ) temos que levar em consideração o tempo o assunto e os alunos, no nosso caso optamos por recortes de paginas selecionadas do capitulo 139 do Mangá Naruto, mais fica a critério dos alunos ler tudo se quiser já que o nosso planejamento culminou só em algumas folhas e assim não há interferência no conteúdo. Mas se fossemos trabalhar um mangá inteiro precisaríamos organizar a ideias em um planejamento de aulas para que o mesmo pudesse ser apropriado devidamente e não apenas está ali somente para preencher tempo em aulas. Vale mencionar também que apesar de termos trabalhado com o recorte se o aluno quiser ler tudo podemos indicar pra ele os sites aonde a obra esta disponível ou se caso o aluno não possuir internet em casa ou no celular podemos deixar disponível a xerox do mangá na copiadora da escola para eles. Incentivamos aqui o uso de Mangás, Naruto por exemplo apresenta diversos aspectos a serem explorados.
      Esperamos ter respondido sua pergunta devidamente e também ter c contribuído, obrigada!
      Atenciosamente,
      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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    2. compartilho contigo também uma leitura que eu ( Eliandra Gleyce) me ajudou bastante em um outro trabalho que desenvolvi junto com minhas amigas da faculdade sobre uso de HQ's e Patrimônio é o texto da Selma Aparecida Capelin Strada, titulo " Práticas inclusivas na Escola por meio de História em Quadrinhos'' Publicado em 2016 no caderno ' Desafios da escola publica paranaense na perspectiva do professor PDE' , ali no artigo dela na parte -Procedimentos Metodológicos me ajudou bastante na confecção do outro trabalho desenvolvido junto com minhas colegas da faculdade, principalmente porque no artigo ela traz uma parte de cronograma de sequencia didática. Boa leitura e esperamos ter contribuído.

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  9. Olá! Parabéns Eliandra e Wendell pelo maravilhoso texto. Bem, cada vez mais o debate sobre inclusão no ensino tem tomado destaque quanto aos desafios e possibilidades de metodologias para serem aplicadas em sala de aula com a finalidade de contemplar as singularidades dos alunos. E o mangá é uma proposta fabulosa para o ensino de História (principalmente para mim que é algo que pouco tive contato e pretendo conhecer melhor), mas observo que se trata de um recurso com muitos detalhes; e sendo então uma ferramenta didática imagética e bem consumida por jovens e crianças, o meu questionamento surgiu quanto aborda-los pensando para alunos cegos. Autores, dentro de uma perspectiva de inclusão aos alunos cegos, o mangá é um recurso favorável? Que possibilidades vocês lançam luz aos professores para trabalha-los nesse sentido? Agradeço desde já.

    Talita Almeida do Rosário. Graduanda de Licenciatura em História. Ufpa-Campus Ananindeua.

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    1. Olá Talita, obrigado pela indagação.

      Nós infelizmente não possuímos bibliografias aprofundadas sobre essa questão. No entanto com a presença de um aluno que necessite de atenção diferenciada em algumas dinâmicas cabe ao professor conjuntamente com o núcleo pedagógico da escola adequar as atividades para esse aluno.
      No caso específico de alunos cegos o primeiro passo seria saber qual tipo de problema visual o aluno apresenta, se é visão baixa ou nenhuma visão. Na primeira situação é possível utilizar de ampliação das imagens e dos textos, para facilitar a leitura do aluno com baixa visão. No segundo caso é possível trabalhar o mangá de forma descritiva, realizando a descrição das cenas e realizando a leitura dos balões, ou mesmo convertendo os balões para Braile e após a descrição do quadro o aluno realizaria a leitura dos balões, isso para cada um dos quadrinhos - descrição da imagem do quadrinho e em seguida a leitura em braile pelo aluno.

      Mesmo com um aluno portador de problema visual o mangá pode ser utilizado, mas reafirmo que com essa realidade é extremamente importante o trabalho do professor com o núcleo pedagógico da escola.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  10. Boa noite e parabéns pelo artigo.

    Já utilizei histórias em quadrinhos em sala de aula e sem dúvida o uso de fontes "diferentes" levam o aluno a se interessar mais pelo tema discutido em sala.
    Minha pergunta é: Caso fosse utilizado o mangá para uma aula em ensino médio, poderia ser feita a mesma metodologia? Ou deve se buscar um meio de explorar mais profundamente o mangá?

    Ass: Karina Honorio de Almeida

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    1. Olá Karina, obrigado pelo questionamento.

      Dependendo dos objetivos do professor a metodologia e discussão desenvolvida usando-se o mangá pode ficar semelhante às realizadas no ensino fundamental. No entanto cabe ao professor verificar suas necessidades, quais conceitos quer fazer com que o aluno compreenda (a abordagem que trazemos -sobre identidade nacional, patrimônio e memória -, por exemplo, é muito viável e importante para ser discutida também no ensino Médio). O professor deve explorar o mangá visando quais objetivos pretende alcançar, talvez tenha que se aprofundar na obra, ou mesmo utilizar outras, no entanto não é necessariamente uma obrigação por ser ensino médio.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  11. Na sua opinião, a inserção do quadrinhos e mangas no ensino de Historia, entre outras matérias se possível, traria algum beneficio a mais do que os livros didáticos, próprios para o ensino?

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    1. Olá Camila, obrigado pela indagação.

      Como nosso pequeno texto mostrou, os quadrinhos e mangás pouco aparecem como recurso nos livros didáticos. Considerando os dados trazidos pela pesquisadora Adriana Fernandes o mangá causa um sentimento, em certa medida, de identidade nos jovens que já possuem contato com esse tipo de obra. Além de serem ferramentas que possibilitam o aumento do interesse dos alunos pelo conteúdo - mesmo aqueles que não possuem tanto contato com o tipo de obra. Com isso, e levando em consideração que a falta de contato do ensino com as culturas juvenis provoca desinteresse e algumas vezes evasão escolar - como aponta a BNCC, a utilização de mangás aliada a um plano de aula pode gerar mais interesse nos alunos do que somente o livro didático.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  12. Boa tarde
    A ideia de usar os mangás de Naruto como instrumento didático para conseguir estudar um período da história brasileira que reafirmava o sentimento de identidade nacional, lhe deu uma possibilidade de conseguir falar também sobre a ascensão de regimes fascistas na Europa, e como esse sentimento foi importante para facilitar a subida de pessoas como Hitler e Mussolini ao poder de seus países. Você conseguiu fazer essa ligação entre esses temas? Se sim, quais resultados foram mais satisfatórios, sobre o fascismo na Europa ou sobre a ditadura civil militar brasileira?
    Antonio Alysson Gomes Azevedo

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    1. Olá Antonio, obrigado pela pergunta.

      Com os pontos do mangá que nós evidenciamos é muito possível se discutir também sobre o momento histórico do fascismo. Para ser sincero não pensamos uma metodologia para utilizar o mangá nas discussões sobre esse momento histórico. No entanto, ao debater identidade nacional, nacionalismo, construção de memória, os elementos que utilizamos do mangá Naruto podem ser utilizados pelo professor na discussão desse momento histórico, assim gerando ainda mais interesse nos alunos.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  13. Boa noite! Muito interessante o seu artigo. A utilização das H.Q. em sala de aula incentiva o aluno.Eu como professor de História já desenvolvi alguns eventos historicos em H.Q. Minha pergunta é a seguinte: podemos utilizar o mangá também para escrever eventos historicos do Ocidente ou o Mangá deve ser exclusivo para historias que envolvam o Oriente?

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    1. Olá Benedito, agradecemos a pergunta.

      O mangá pode ser utilizado para se discutir especificamente o evento histórico se a história dele se desenvolver nesse determinado momento. Por exemplo, no caso de Naruto o mundo em que a história se constrói possui grandes semelhanças com o Japão feudal, com isso é possível se discutir as leituras sobre esse momento histórico que podem estar presentes no mangá - a ideia de consciência histórica. Assim como é possível mostrar incoerências. Para a questão de tratar a história do Ocidente, o mangá pode ser utilizado da forma que apresentamos, como ferramenta para ensinar conceitos, e de forma comparativa. Se for para tratar especificamente de um evento histórico do Ocidente, o mangá deveria apresentar ao menos o desenvolver de sua narrativa nesse momento. Mas para discutir conceitos o mangá pode sim ser utilizado junto com conteúdos sobre história do Oriente, mas para discutir especificamente o evento histórico utilizando o mangá deve-se ter uma atenção maior e buscar alguma obra que trate sobre o período. Em caso que não encontre ainda é possível utilizar o mangá para desenvolver conceitos e comparações.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  14. Ótimo texto.
    Como fã de hqs me anima o uso delas como recurso embora acredito que ainda seja um problema a questão do acesso a elas. Existe algum livro que fale mais sobre como trabalhar quadrinhos em aula?
    Ketlin Rodrigues

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    1. Olá Ketlin, obrigado pela indagação.

      Existem trabalhos nessa perspectiva que podem ser encontrados a partir do Google Acadêmico. Além desses trabalhos:

      SANTO, Janaina de Paula do Espírito. Mangás, Segunda Guerra e o conhecimento histórico: Diferentes apropriacões. In: 2 Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos. Universidade de São Paulo, 2013.
      LANGER, Johnni. O ensino de história medieval pelos quadrinhos. História, imagem e narrativas, v. 8, p. 1-24, 2009.

      Que podem ser encontrados no Scholar Google, recomendo também:

      RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. Editora Contexto, 2008.

      O livro constrói um bom histórico sobre o uso dos quadrinhos como recurso para a educação.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Boa noite!
    Meus cumprimentos pelo relevante artigo.

    Ao que parece, o uso de quadrinhos em sala de aula já se consagrou como indiscutível recurso, na medida em que proporciona uma espécie de síntese, um resumo, uma "alma" do assunto abordado. Do mesmo modo o mangá.

    Minha preocupação no entanto está relacionada à questão dos valores, próprios da sociedade em que o mangá é produzido. Cito o caso do Dragon Ball: meus filhos, há anos atrás, demonstravam não compreender porque pai e filho entravam em luta corporal e questionavam a relevância dos motivos para esse embate físico, que para eles pareciam não ter a correspondente importância. Demonstravam, portanto, ignorar a distância entre o significado de valores como honra, por exemplo, na cultura japonesa e na brasileira. Essa situação requer uma abordagem competente e cuidadosa para não autorizar a formação de conceitos que são naturais no Japão mas que aqui têm outra conotação.

    Como trabalho com ensino médio (História) é possível explorar inclusive esse lado, trazendo à discussão o tema do relativismo dos valores. Mas no caso de alunos mais jovens os autores consideram pertinente essa preocupação?

    Rita de Cassia Ramos Gomes

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    1. Olá Rita, Boa tarde

      É pertinente a sua colocacão. Observe que ao preparar a aula o professor parta de pressupostos de seu lugar de fala, as mais variadas duvidas em uma sala diversa o professor pode está atento para respinde-las de forma satisfatoria aos alunos. Observe que muitos pontos podem ser abordados em sala por meio do mangá, ele pode vim a está não somente como um reforçador de conteudo mais pode ser uma fonte também da qual o aluno possa conhecer o assunto por la. Destaco nesse ponto o mangá Hadashi no Gen . Excelente para o uso em sala. Vale mencionar que nós ocidentais estranhamos ate mesmo aquilo que não deveriamos. Lanço esse olhar as comunidades indigenas com suas ricas e diversas cultural. Por exemplo a questão de hierarquia de pai x filho e ate de habitos alimentares nao está somente no olhar que lançamos ao oriente unilateral. Algo qur me atrai no oriente é esse multuculturalismo e possibilidade. Não que nós não tenhamos. Acho que portanto a temática das comunidades indígenas deveriam ser bem mais exploradas por elas apresentarem ser poucas também. Aprendendo com os nossos daqui. Podemos lançar olhos ao de fora sem fazer juízo de valor mais tentando respeitar e entender a cultura deles ( oriente) por meio de nós entender primeiro . Fiz um pouco de desvaneio mais espero ter alcançado sua duvida.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  17. Boa noite! Muito interessante essa proposta de aula. Os mangás carregam muito o valor cultural japonês, tão perceptível que muitas vezes a própria religião xintoísta se faz presente em obras como Naruto (Amaterasu que é a deusa do sol é nomeação da habilidade do clã Uchiha) ou Noragami (7 deuses da fortuna). O que me chamou a atenção foi a aproximação do conteúdo que é trabalhado na sala de aula com o que foi retirado do Mangá: como é o caso do nacionalismo e identidade.
    Um mangá que hoje faz um grande sucesso no Ocidente é o My Hero Academia (Boku no Hero Academia), graças a grande divulgação da animação que teve uma produção de qualidade. Um ponto que chama bastante atenção nessa obra é a "americanização" do Japão, levando conceitos de heróis das HQs para o mangá, ambientação, termos em inglês, onomatopeias e além da própria figura de All Might que tem seu design feito nos traços de HQ. O mangá Boruto (continuação de Naruto) também apresenta a transição cultural da Vila da Folha para o ambiente globalizado.
    Utilizando essas obras citadas no Ensino de História, principalmente sobre a Globalização no período contemporâneo, quais seriam os cuidados na aproximação dessa fantasia com a realidade com os alunos? Possibilitaria a ligação com a sociedade brasileira ou ficaria um conteúdo muito exaustivo para esses alunos?

    Abraço,
    Ygor Yuji Utida Porto

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    1. Olá Ygor, Boa tarde

      Sim verdade. Além disso observe que o mangá Boruto. Traz elementos do budismo a ideia de "karma" é um . Concordo com sua colocacao também. Em relacão ao seu questionamento
      O tema da globalizaçao é algo que aprixima sim. Sobre o conteudo ser exaustivo, por isso tivemos o cuidado de selecionar tema, recortar e organizar em cronograma. Quanto a questão de realidade e ficção. É preciso ter em mente em que no geral seria mencionado. É o fato da obra ser ficção ? Ou em relação a algumas coisas que eles pontuam ? Como por exemplo Boruto menciona humanos criados sinteticamente, Dragon Ball GT apresenta maquinas quase que como "disco voadores ou carros que voam" se for isso a sua duvida acredito que , devemos pontuar, pois os avanços tecnologicos e cientificos nós tem colocado em contato com tais realidades ficcionais postam em mangá e em animes. Embora por exemplo, não se produzam pessoas como os laboratorios de mangá, o congelamento de embrião e inseminação artificial ja é uma realidade, Orochimaru por exemplo é apaixonado pela ciencia e busca eternidade Tsunade nunca envelhece. Construção de bracos artificiais de Naruto e do corpo de Ao em Boruto ha elementos cientificos que não estão longe da realidade que em certa medida a ciência também busca isso. Espero ter respondido as devidas duvidas.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  18. Olá pessoal!
    Parabéns aos autores pelo trabalho.
    Muito me atrai essa interação da cultura jovem com o ensino de história.
    Além de tornar próximo o conteúdo com a realidade do jovem, a aula fica muito mais atrativa.
    Vocês já tiveram a oportunidade de aplicar a proposta em sala de aula?
    Caso sim, como foi o resultado?
    O que pensam sobre usar alguns episódios de animes (podendo ser do próprio Naruto/Boruto), como material de apoio para o ensino de história?

    Abraço!
    José Eduardo Rabelo Coité Junior

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    1. olá José Eduardo, Boa noite
      ainda não , mais o plano de aula foi desenvolvido para ser aplicado em nosso estágio.
      sobre uso de Trechos do anime ou até mesmo um episódio do anime todo seja do Naruto ou da geração Boruto, é possivel sim ser usado em aula, desde que você coloque os critérios do que pretende abordar com ele e como ele será usado, e o tempo estimado e principalmente se a escola onde você trabalha te oferece os recursos , por exemplo minha escola tem internet ? disponibiliza o datashow ? tem tv ? tem projetor ? e a partir dai você pensar como isso entraria ao seu favor, por exemplo se a escola me oferece internet e notebook e projetor, posso usar, e se a escola oferece só a tv com a sala e a tv possui entrada pra pen driver, posso baixar e levar os eps ou só o ep que selecionei no pen driver para a sala, pois alertamos aqui que os videos não podem ser passados como um mera ''fecha tempo de aula'', mais que ele venha servir de material de apoio ou o centro de nossas aulas, destaco nesse meio de você usar o video o filme '' tumulo dos vagalumes '' pode ser usado como entrada do assunto ao invés de aparato. Mais em relação ao uso dos eps devemos ter esses objetivos em mente, principalmente pela realidade escolar. uma leitura que pode te ajudar é Marc Ferro " Cinema e História'' super recomendo, me ajudou bastante a pensar melhor sobre essa relação de usos de videos em sala.
      att, espero ter respondido a medida

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

      se desejar , posso estar te passando o livro de Marc Ferro, só entrar em contato por email.
      boa noite

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  19. Boa Tarde. Caros Colegas
    Achei o texto muito bem elaborado e com uma sacada maravilhosa sobre um tema que é bem recorrente para essa juventude, porém trabalho com uma outra visão na utilização dos mangás para a desconstrução de esteriótipos formados pelo ocidente, tendo esse olhar como foco, o Naruto se encaixa como um dos mangás a ser utilizado?


    Allan Miguel Da Costa Maciel

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    1. Olá Allan, Boa noite.

      Allan, que bom que você trabalha com mangás em sala, parabéns a você também. Interessante a forma que você trabalha, sem duvida os mangás e animes nós mostram muito esses aspectos locais e culturais, eu ( Eliandra Gleyce) Observo muito a diferença entre Naruto e Boruto, a questão dos traços , o mangá Boruto já cheguei a comentar com as pessoas ( eu , Eliandra Gleyce) pela sexualização das meninas, não que em Naruto não houvesse mais o Mangá boruto chega a ser gritante, e os traços mais 'americanizados' no mangá boruto é algo que também venho pensando muito, só disso podemos abrir um amplo debate em sala de aula, os processos de globalização e etc, sobre os esteriotipos que você trabalha formado pelo ocidente fiquei interessada em saber mais, no que exatemente você trabalha essas descontruções, visto que o como, você já expressou que para fazer isso utiliza-se de Mangás, respondendo a sua duvida, você pode está dando uma olhada lá nos Mangás de Naruto e ver no que ele te auxilia nessas descontruções que você já trabalha.
      Atenciosamente.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  20. lucas dos santos da silva5 de outubro de 2018 às 17:49

    olá,muito bom o artigo de vocês, gostei muitoooo.
    minha duvida é, se a influencia da cultura ocidental nos animes orientais é contextualizada para os alunos em sala de aula?. e como essa abordagem pode ser realizada?

    Lucas dos Santos da Silva.

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    1. Olá Lucas dos Santos, Boa noite.

      Nesse plano não, mas se caso os alunos tiverem duvida sobre essa influência da cultura ocidental no anime, me refiro mais ao Boruto em que ele apresenta o habito de alimentação consumo de Hamburguer e batatas fritas etc, podemos está trabalhando sim em sala de aula, afinal o plano de aula só é a forma metodologica da gente colocar objetivos na aula para não perder muito foco, mais podemos sim abordar essas questões que você levanta , para isso basta planejar o como realizariamos tal abordagens e os meios para isso, além do mangá Naruto e Boruto, poderiamos estar usandos outros , basta o professor fazer uma pesquisa e direcionar no plano o que exatamente ele quer abordar, exemplo : são os traços do mangá ? a ideia de herói assim como as HQs ? é a moda no vestuário ? são os hábitos alimentares e fast food ? enfim os mangás te abrem uma serie de possibilidades.

      Att, esperamos ter respondido as suas respectivas indagações.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Quais as obras que você pôde identificar que possibilitam uma maior facilidade no ensino de temas que tem que ser abordados dentro do ambiente escolar? E como é feito o processo de escolha por obras que se encaixem nas temáticas escolares de turmas de 9º ano?

    Antônia Marques Alves

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    1. Olá Antônia Marques, Boa noite.

      Em sala você pode abordar muitas coisas por meio do mangá, basta mencionar o que, no texto a gente aponta alguns, entretanto você pode preparar uma aula que só menciona por exemplo Bullying. Naruto e outros que tem hospedado as Bijus sofrem com isso, você quer abordar em sala sobre depressão e superação , basta fazer um recorte que e o anime e o mangá te possibilita isso, tanto Naruto quanto Boruto, recentemente por exemplo em Boruto, apareceu o Gai-sensei Cadeirante se autosuperando e passando mensagens positivas, outro tema que pode ser abordado em sala é ética, respeito mutuo, solidariedade, algumas passagens do mangá e anime te possibilita trabalhar isso, empoderamento feminino por exemplo os fillers da Chou Chou abordou essas questões em Boruto, identidade e orientação sexual , um exemplo disso são os eps. em Boruto da relação de Mitsuki e Orochimaru. Enfim, o processo de escolha e recortes e seleção do tema se deu por meio do planejamento que fizemos, também tivemos como um norte o uso da ataul BNCC para ver o que trabalhar no nono ano, lá da algumas caracterizações, mas se desejar podes usar os PCN's como norte e a partir dele elaborar sua oficina, ou sua aula vendo a possibilidade de usar mangás e animes.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  22. poderia trabalhar mais de um mangá ao mesmo tempo na sala de aula com os alunos em torno de uma temática especifica, por exemplo, usar o os mangás Naruto e Dragon Ball para abordar uma temática, ou ficaria muito "pesado" para os alunos dessa maneira? outra duvida seria, se usar o anime (Naruto) mas salas invés do mangá, a metodologia da pesquisa poderia ser a mesmo ou necessitaria de uma nova forma de abordagem ?
    Lucas dos Santos da Silva

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    1. Olá Lucas da Silva, obrigado pelo questionamento.

      1. Metodologicamente é sim possível utilizar mais de um mangá em uma mesma aula, no entanto os objetivos do professor devem estar bem claros em seu plano de aula, para que seja possível concluir de forma exitosa o uso da ferramenta. Se um dos objetivos da aula for discutir sobre patrimônio histórico é possível usar o mesmo elemento que utilizamos do mangá Naruto e algum outro elemento de outro mangá que possibilite o diálogo com a questão.
      Se caso o mangá ou hq traga uma narrativa que se passa em determinado momento histórico também é interessante utilizar mais de um mangá. Não vejo que fica pesado aos alunos, mas o professor precisa saber selecionar quais partes da história em quadrinho vai utilizar e o qual conhecimento quer desenvolver nos alunos.

      2. A utilização de animes parte para outro tipo de metodologia, a do recurso de audio visual. Sobre metodologia de pesquisa, novas bibliografias deveriam ser levantadas - que tratem sobre o uso de filmes e animações em sala de aula. Metodologicamente com o uso desse recurso a aula também se modifica. Os recursos necessários para a execução dela mudam além da forma que o professor irá apresentar o "documento" para análise dos alunos. O processo de selecionar também se modifica, com o mangá é mais fácil selecionar os elementos a serem utilizados na aula, com o anime surge a necessidade de recortes em diferentes trechos de vários episódios. É sim possível trabalhar o anime, mas a abordagem metodologicamente muda por conta de serem recursos diferentes.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  23. Olá Wendell e Eliandra parabéns pelo trabalho, gostaria de saber como vocês pensam acerca da utilização de mangás/H.Q's como exemplos em sala de aula com um foco voltado para o ensino da cultura presente e refletida nos quadrinhos?
    Lucas Yashinischi Batista

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    1. Olá Lucas Batista, obrigado pelo questionamento.

      Se for um mangá ou quadrinho estadunidense que busque representar um momento histórico (como Gen Pés Descalços ou Maus: a história de um sobrevivente) a história em quadrinho torna-se muito mais rica para se debater sobre o momento histórico que ela representa. No entanto, com qualquer obra de outros países é possível compreender e analisar a cultura desses, como hábitos alimentares, vestimentas, diferenças nas interações sociais, etc. Os mangás que se passam em ambientes escolares - que são muitos - podem servir para uma análise sobre o ambiente escolar japonês, podendo-se realizar uma comparação com o brasileiro. Ao professor cabe a atenção sobre os elementos presentes nessas obras que podem servir como ferramentas para ensinar história.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  24. Em primeiro lugar, parabéns pela reflexão, é ótimo ver o mangá sendo usado em sala de aula para debater conteúdos da historiografia. Sobre esse tema, não apenas Naruto, mas diversas outras obras de mangá trabalham com questões de patrimônio cultural, memória e identidade, uma caractertística da própria cultura japonesa, nesse sentido, os autores percebem um aumento de conteúdos relativos ao Oriente debatidos em sala de aula? Pois culturalmente vivemos um momento de explosão de popularidade de mangás e animes, porém a inclusão desses materiais como ferramentas de ensino ainda é extremamente diminuta. Por que muitos usam os quadrinhos americanos em sala de aula, mas há uma resistência quando se trata dos quadrinhos japoneses? Grata.

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    1. Olá Karen, obrigado pelas indagações.

      Em nossas pesquisas não nos focamos em verificar o quanto de conteúdo referentes ao Oriente se debate em sala de aula ou no livro didático - mas conseguimos perceber que o Oriente está presente nos livros avaliados pelo PNLD. Realmente vivemos em um momento que a cada dia mais o consumo de obras japonesas cresce, no entanto, como aponta nossa pesquisa, os materiais didáticos pouco apresentam ou não apresentam histórias em quadrinhos, menos ainda as japonesas. Se os materiais didáticos pouco apresentam esse recurso a hipótese é de que os professores pouco trabalham com mangás ou quadrinhos estadunidenses. Não podemos confirmar uma resistência contra o uso de mangás pelos professores do ensino básico, no entanto quando apresentamos um Plano de aula para uma disciplina na Universidade que apresentava o mangá como recurso didático recebemos o questionamento de "Não seria mais interessante utilizar um quadrinho do Brasil?". Talvez o motivo do questionamento tenha sido a preocupação em colocar o ensino de história menos distante da realidade do aluno. Porém, como aponta o trabalho de Adriana Fernandes, os mangás já fazem parte da realidade do aluno, e ajudam até mesmo a construir suas compreensões de mundo.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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  25. Olá
    Primeiramente parabéns pelo texto.

    Acredito que as tirinhas que são utilizadas nos livros didáticos se dão também pela aceitação da tirinha como material possível, enquanto que o mangá ainda existe certa resistência por parte da academia, visto que como dito, a seleção de poucos quadros de um mangá já pode ser utilizada para a discussão tanto para pesquisa quanto para o ensino.
    Como em Naruto existem as guerras entre vilas, vocês acreditam que possa ser possível fazer uma discussão sobre guerras entre países utilizando-se de Naruto e das ideias de memória nacional e nacionalismo?
    E uma segunda pergunta: vocês acreditam que é possível utilizar o anime (trechos dele) em sala de aula?

    Obrigada
    Jéssica Jenifer Wessoloski
    Jéssica.wessoloski@hotmail.com

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    1. Olá Jéssica, obrigado pela indagação.

      Sim. É muito possível utilizar a obra Naruto para tratar de conflitos entre países, nesse mesmo contexto a ideia de nacionalismo.

      O uso de trechos de um anime talvez seja o mais indicado - mas na realidade depende dos objetivos do professor - se a pretensão for utilizar esse tipo de obra audio visual. Porém é preciso se atentar para os recursos necessários para o uso dessa ferramenta em sala, projetor, som, etc. Além disso a metodologia para o desenvolvimento do plano de aula deve se atentar em como trabalhar uma obra audio visual, para isso uma bibliografia diferente da utilizada para pensar o uso do mangá é necessária.

      Wendell Presley Machado Cordovil
      Eliandra Gleyce dos Passos Rodrigues.

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