Marlon Barcelos Ferreira

UM BREVE PANORAMA SOBRE A ARQUEOLOGIA NA CHINA

Neste breve trabalho buscaremos refletir sobre o desenvolvimento da ciência arqueológica na China e ao mesmo tempo inferir como o desenvolvimento da arqueologia se relaciona diretamente com as condições políticas e sociais na qual ela esta inserida.

A Ciência Arqueológica    
A República Popular da China se constitui atualmente em um dos mais importantes países do mundo, sendo uma das grandes potencias em termos econômicos, militares e políticos (RIBEIRO, 2018). A China esta localizada na parte Oriental do Globo Terrestre e ocupa uma grande porção do Continente Asiático, uma região com a presença de uma enorme variedade de vestígios e artefatos humanos antigos e que são resultados de uma ocupação humana que se início no Paleolítico e se intensificou nos períodos posteriores com a dispersão do Homo Sapiens da África para a Ásia e sua posterior colonização.

Os primeiros registros de fósseis dos Homens Modernos (Homo Sapiens) no Sudeste Asiático e no Extremo Oriente são datados entre quarenta a trinta mil anos atrás (FOLEY, 1998, p.159). Todo esse passado longínquo esta sendo lentamente conhecido através de estudos diversos e principalmente arqueológicos que de alguma maneira em meio às dificuldades inerentes as pesquisas sobre o passado, buscam obter informações sobre a ocupação humana do período pré-histórico e histórico da Ásia.

Ao longo das últimas décadas diversos trabalhos foram redigidos na tentativa de conhecer o passado e esclarecer um pouco como era a vida e sociedade dos períodos pré-históricos e históricos mais antigos da Ásia e também da China. Entretanto, reconstruir a trajetória dos povos da pré-história e dos períodos históricos mais antigos e estabelecer, com alguma precisão, seus mais diversos aspectos (cultura, economia, etc.) não é tarefa fácil. Assim, muita das vezes os artefatos e vestígios materiais tornaram – se o único referencial para as pesquisas sobre o passado chinês.

Neste ponto destacamos o papel da ciência arqueológica. Nessas pesquisas a ciência arqueológica tem um papel fundamental. Na sua origem etimológica a palavra arqueologia advém da junção das palavras gregas, archaíos=antigo e logos=estudo (SOUZA, 1997) e refere-se aos estudos que tratam da história humana . Entretanto, esta definição torna-se muito ampla e ambígua, e assim para uma definição mais precisa podemos definir que:

“Valendo-se dessas considerações, pode-se concluir que, do ponto de vista aqui adotado, a arqueologia estuda, diretamente, a totalidade material apropriada pelas sociedades humanas, como parte de uma cultura total, material e imaterial, sem limitações de caráter cronológico.” (FUNARI, 2003, p.15). 

A Arqueologia na China  
Na china o uso e estudo de elementos da cultura material vieram se desenvolvendo aos longos de séculos até chegar ao século XX na qual ocorreu a institucionalização do que hoje nos entendemos como ciência arqueologia. Deste modo, as primeiras referências ao uso de elementos da cultura material para o estudo do passado na China são datadas do século II A.C., quando o primeiro grande historiador chinês, Si-ma Quien, considerado o Heródoto da china e que viveu entre os anos de 146 a 86 A.C., para escrever suas obras visitou e examinou ruínas e relíquias do passado chinês. (GIORDANI, 1963, p.338). 

No século I A.C., o pensador chinês Yuan Tang já buscava dividir a história da China em quatro fases: “O primeiro caracterizado pela utilização de arma de pedra, o segundo pela utilização de jade (polido), o terceiro pela  utilização de cobre (bronze) e finalmente o quarto pela utilização do ferro.” (AMARO, 2014, p.41)

Antecipando em alguns séculos as discussões sobre a periodização da história humana e no caso o período denominado de pré-história com sua clássica divisão idealizada pelo dinamarquês Christian Jürgensen Thomsen no século XIX: Idade da Pedra, Bronze e do Ferro (TEIXEIRA, 2014, p. 18).

Durante a dinastia Song (960-1279), desenvolveu-se na China o gosto pelas antiguidades. Assim disseminou –se na China a prática do que foi denominado na Europa de antiquarismo. Tivemos assim a formação de grandes coleções de artefatos antigos, como resultado do trabalho de inúmeros eruditos que buscaram recuperar e estudar esses elementos da cultura material chinesa como vasos, porcelanas, etc. Com o passar do tempo houve um declínio do antiquarismo na China e que só veio a ganhar força novamente durante a Dinastia Qing (1644-1911). Esse tipo de antiquarismo chinês acabou servindo de base para o desenvolvimento da moderna arqueologia nativa na China (TRIGGER, 2004, p.42).

Apesar dos avanços, a moderna ciência arqueologia somente se estabeleceu e se institucionalizou na China no século XX.  Segundo Bruce Trigger: “Mas a pesquisa de campo arqueológica desenvolveu-se no contexto do movimento reformista de 4 de maio, que iniciando-se em 1919, substituiu a tradicional erudição literária pelo conhecimento cientifico vindo do ocidente.” (2004, p.169).

Desta forma em 1916 foi criado um órgão denominado de Prospecção Geológica de Pequim, e que foi responsável por organizar a primeira grande pesquisa de campo na China e que naquele momento ainda foi chefiada por arqueólogos e pesquisadores estrangeiros. (TRIGGER, 2004, p.170).

Nesse contexto de expansão e consolidação da moderna arqueologia na China, o arqueólogo Li Ji, que estudara em Harvard, fora o primeiro chinês a chefiar uma pesquisa de escavação arqueológica na China. Ao mesmo tempo, como chefe do Departamento de Arqueologia do Instituto Nacional de Pesquisas Históricas e Filológicas da Academia Sínica, teve um papel importante na difusão de modernas técnicas de arqueologia e na formação de inúmeros arqueólogos chineses (TRIGGER, 2004, p. 170).

Neste sentido apesar da arqueologia chinesa herdar uma tradição antiquaria local, ela foi fortemente influenciada em seu início pelo evolucionismo e pelo modelo Histórico-Cultural advindas da Europa e trazidas por arqueólogos e pesquisadores estrangeiros que vieram pesquisar e realizar escavações no território chinês no final do século XIX e inicio do século XX. 

Neste período foram realizadas escavações e projetos arqueológicos importantes em toda a Ásia e também na China. Dentre essas destacamos as realizadas pelo pesquisador Holandês Eugène Dubois na ilha de Java, que escavou o Pithecanthropus erectus ( JOHANSON, Donald C. e EDEY, Maitland A., 1996, p.39) e na China durante as escavações em Zougoudian, nas décadas de 20 e 30 onde se escavou o denominado na época de Homem de Pequim, um Homo Erectus (AMARO, 2014, p.43).

Com a invasão japonesa e depois a Segunda Guerra houve um refluxo das pesquisas arqueológicas e que foram retomadas com a vitória dos comunistas em 1949. A partir deste momento a ciência arqueológica passa a ser uma atividade de grande interesse político. Os órgãos e institutos arqueológicos passam a ser controlados pelo Governo comunista da China.

Entendemos que a partir da ascensão do Governo Comunista, a teoria marxista passou a ser um referencial teórico vital na arqueologia a nas pesquisas arqueológicas desenvolvidas na China.  Tendo o Materialismo histórico como um referencial importante nas abordagens e na análise dos elementos da cultural material escavados no território chinês.

Nesse ponto, entendemos que na China a arqueologia passou a desempenhar um papel político central e ao mesmo tempo, mantendo uma das características tradicionais da arqueologia Chinesa, que é a de promover a identidade e unidade nacional (TRIGGER, 2004, p. 172). Neste ponto, ressaltamos que o patrimônio arqueológico é entendido como um bem material concreto e assim um objeto de valor não apenas material, mas principalmente simbólico para o grupo social na qual está inserido, caso não seja, o material é descartado como lixo. Assim, ao realizar o seu trabalho, o arqueólogo assume a responsabilidade de produzir conhecimento sobre os vestígios materiais ou artefatos escavados e que a partir daí assumem um papel importante na formação identitária e memorial dos grupos ou indivíduos envolvidos, pois como salienta Pedro Paulo Funari “a criação e a valorização de uma identidade nacional ou cultural relacionam-se, muitas das vezes com a arqueologia” (2003, p.101).

Dentro desta perspectiva, ressaltamos assim, que arqueologia (objeto, teoria e metodologia) enquanto ciência está submetida ao contexto social na qual ela está inserida, pois:

“Qual a relação entre a arqueologia, em geral percebida como uma ciência neutra, e a política, ou seja, a esfera das relações de poder? A arqueologia é sempre política, responde a necessidades político-ideológicas dos grupos em conflito nas sociedades contemporâneas.” (FUNARI, 2003, p.100)

Neste sentido, também o arqueólogo Bruce Trigger ressalta a relação entre a ciência arqueológica e o sistema político e social na qual ela esta inserida:

“[...] arqueólogos acreditam que, porquanto os achados de suas disciplinas são consciente e inconscientemente, vistos como tendo implicações quer para o presente, quer para a natureza em geral, as condições sociais variáveis influenciam não apenas as questões abordadas como também as respostas que os arqueólogos se predispõem a considerar aceitáveis” (TRIGGER, 2004, p.12).

Assim, não devemos pensar a ação dos arqueólogos de forma autônoma. Eles estão inseridos dentro de redes de sociabilidade e de uma estrutura que em suas mais diversas instâncias estava ligada ao poder dominante da época. Produzindo um discurso cientifico e que lhes davam uma legitimidade perante a sociedade, respaldando assim, muitas das vezes a visão de mundo da classe dominante (FUNARI 2003, p. 107).

Dentro desta perspectiva, em 1950 foi criado o Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais que foi criado inspirado nos modelos marxistas soviéticos e que passou a ser o principal órgão de pesquisa arqueológica da China (BOTTOMORE, 2001, p. 24). Um instituto de pesquisa diretamente subordinado ao Governo Comunista que esta no poder desde 1949 e na qual utiliza ressaltamos que “[...] a arqueologia foi apoiada pelo regime como um importante instrumento de educação política, tal como fora na União Soviética.” (TRIGGER, 2004, p. 171).

Por sua vez, as pesquisas arqueológicas estão sobre a supervisão da Academia Chinesa de Ciências Sociais, mas a arqueologia do período pré-histórico esta subordinada hoje ao setor da pesquisa do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências. Essa separação se explica pelo fato da pré-história ser uma fase de menor interesse político, pois não existe uma identificação e um papel identitário com relação a essas populações pré-históricas que ocupavam o território chinês e os chineses atuais (TRIGGER 2004, p. 171).

Nas últimas décadas em decorrência da expansão econômica da China, o seu território virou o centro de inúmeras grandes obras ligadas a industrialização e a urbanização crescente da sociedade chinesa. Estas obras levaram a inúmeras escavações e projetos arqueológicos crescentes em todo o território chinês e tem ajudado os arqueólogos através da recuperação de inúmeros artefatos e vestígios matérias a obterem muitas informações sobre o passado pré-histórico e histórico da China e na qual o Estado Chinês participa não apenas dos projetos de escavação, mas também da administração desses artefatos e sua utilização na educação e exposição em milhares de museus espalhados por todo o território chinês (TRIGGER 2004, p. 171). Aumentando o conhecimento sobre o passado da China e também reforçando ainda mais a sua utilização política pelo Estado Chinês. 

As décadas de 70 e 80 foram marcadas por reformas econômicas importantes na China e que de alguma forma trouxeram mudanças sociais e econômicas (RIBEIRO, 2018). Nesse contexto, a ciência história desde a década de 80 vivencia na China um processo de modernização com a influência de autores externos como André Levy e Jonathan Spencer e novas abordagens como as advindas da Nova História Cultural, a ciência arqueológica também tem se desenvolvido dentro de parâmetros internos e nem tanto como resultado de influencias externas como no caso da ciência histórica (BUENO, 2018, p. 21).

Desta maneira, apesar de algumas mudanças teóricas e metodológicas, a arqueologia chinesa ainda carrega fortemente o referencial teórico marxista e desta maneira a visão do passado da China como uma sequencia de sociedade primitiva, sociedade escravista e sociedade feudal e na qual “os achados arqueológicos são interpretados pragmaticamente a fim de promover uma variedade de objetivos políticos (TRIGGER, 2004, p.171) e na qual “ [...] os achados arqueológicos são usados para  cultivar o orgulho e dignidade nacionais, comprovando as grandes realizações da China ao longo do tempo.” (TRIGGER, 2004, p.172).

Assim, na República Popular da China a arqueologia se enquadra dentro das perspectivas políticas arquitetadas pelo Regime Socialista no poder desde 1949 e na qual “ O apoio dado à arqueologia estava de acordo com a setença de Mao Tse Tung: “ o passado deve servir ao presente”.” (TRIGGER, 2004, p. 171). Por fim, ressaltamos que não podemos pensar o desenvolvimento da arqueologia na China enquanto ciência, sem refletir sobre o desenvolvimento político, cultural, social e econômico da China no Século XX.

Referências
Marlon Barcelos Ferreira é aluno de Mestrado em História Social do PPGHS/FFP/UERJ
Email: marlonbf@hotmail.com

AMARO, Ana Maria. O Culto da Mulher no Neolítico Chinês. In:  BUENO, A. e NETO, J. (org.) Antigas Leituras: Visões da China Antiga. União da Vitória: UNESPAR, 2014, p. 41-55.
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
BUENO, Andre. História da China Antiga. 2013 Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0ByKChEwj87BgSjQ2Q2FjZzlEUmc/view?usp=sharing> Acesso em: 20 ago. de 2018.
FOLEY, Robert. Os Humanos Antes da Humanidade. São Paulo: UNESP, 1998.
FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2003.
GIORDANI, Mario Curtis. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Editora Vozes, 1963.
JOHANSON, Donald C. e EDEY, Maitland A. Lucy Os primórdios da Humanidade. São Paulo: Bertrand Brasil, 1996.
RIBEIRO, Valeria Lopes. A economia política dos Estados Unidos e da China pós crise de 2008: Interdependência econômica e relações interestatais. Revista Geosul. Florianópolis, v. 33, n. 67, 2018,  p. 11-37.
SOUZA, Alfredo Mendonça. Dicionário Arqueológico. Rio de Janeiro: ADESA, 1997.
TEIXEIRA, Paulo David Porto Fabres. A Presença Guarani na Região de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: Apontamentos para uma revisão a partir do diálogo intercultural. Dissertação de Mestrado. Pelotas: UFPEL, 2014.
TRIGGER, Bruce. História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: ODYSSEUS, 2004.

13 comentários:

  1. Oi Marlon. Texto interessante, parabéns. Apontastes o envolvimento do Estado chinês no desenvolvimento das pesquisas arqueológicas. No entanto, questiono: existe a participação da iniciativa privada dentro desse contexto também? Afirmastes que existem milhares de museus espalhados pelo território chinês, mas no tocante aos materiais extraídos por arqueólogos estrangeiros, há algum processo de repatriamento desses materiais presentes em museus de outros países? Obrigado! Abraço!

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    1. Olá. Atualmente apesar do intercambio com alguns pesquisadores estrangeiros, a arqueologia chinesa é controlado pelo Estado e a iniciativa privada não é bem vinda. Com relação a bens roubados a China e muitos outros países condenam, agora com relação a algum processo contra algum Museu especifico eu não consigo te responder. Mas com certeza, as autoridades Chinesas pós Revolução de 49 procuram ter um grande controle e impedir o roubo de seu patrimônio. Obrigado Marlon Barcelos Ferreira

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  2. Olá Marlon, boa tarde! Permita-me destacar dois parágrafos do seu texto e fazer-lhe dois questionamentos.

    “Desta forma em 1916 foi criado um órgão denominado de Prospecção Geológica de Pequim, e que foi responsável por organizar a primeira grande pesquisa de campo na China e que naquele momento ainda foi chefiada por arqueólogos e pesquisadores estrangeiros. (TRIGGER, 2004, p.170).”

    Como foi estruturada e de que forma aconteceu e quais as principais contribuições dessa primeira grande pesquisa de campo para o desenvolvimento Arqueologia na China?

    “Nesse contexto de expansão e consolidação da moderna arqueologia na China, o arqueólogo Li Ji, que estudara em Harvard, fora o primeiro chinês a chefiar uma pesquisa de escavação arqueológica na China. Ao mesmo tempo, como chefe do Departamento de Arqueologia do Instituto Nacional de Pesquisas Históricas e Filológicas da Academia Sínica, teve um papel importante na difusão de modernas técnicas de arqueologia e na formação de inúmeros arqueólogos chineses (TRIGGER, 2004, p. 170).”

    Poderia exemplificar as principais técnicas de arqueologia desenvolvidas e utilizadas na época? Tais técnicas ainda continuam sendo utilizadas na arqueologia atual?

    Parabéns pela pesquisa.
    Atenciosamente,
    Francisco Nazareno Brasileiro Dias

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    1. Boa tarde

      Com relação a primeira pergunta, não tenho os detalhes, mais essas primeiras escavações trouxeram a China arqueológicos europeus que ensinaram a uma geração de novos arqueólogos chineses e escavaram sítios diversos como o sueco J. G. Anderson que em 1921 identificou a cultura neolítica Yangshao em 1926 o canadense Davidson Black começou os trabalhos no sítio paleolítico de Zhoukoudian. A segunda pergunta, naquele momento as técnicas que estavam em voga na Europa e uma Arqueologia Histórico-Cultural. Hoje a influencia marxista é a tônica na arqueologia Chinesa. Grato Marlon Barcelos Ferreira

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  3. Ao observar que a instauração do socialismo na China resulta no maior interesse do governo nas pesquisas arqueológicas, como explicar os benefícios que o aumento das descobertas poderia trazer a esse governo e qual sua relação com a política?

    Att. Pamela Alves dos Santos Ricardo

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    1. Boa tarde, O uso político da história e do passado é forte pelo governo da China e de certa forma por todos os outros. Por um lado em busca de legitimidade, como por exemplo mostrando que sempre existiu luta de classes na China ou por outros interesses políticos. Agora mesmo a China esta promovendo a arqueologia subaquática nos mares próximos em disputa com outros países para provar sua antiguidade na região Obrigado Marlon Barcelos Ferreira

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  4. Tendo em vista que a arqueologia por si so nao produz material suficiente para reproduzir uma cultura ou aspectos abrangentes de uma sociedade, como esta pode contribuir para a formação ideológica de um povo?

    Att. Pâmela Alves dos Santos Ricardo

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    1. Boa tarde, A arqueologia e a história são ferramentas ideológicas importantes. Como por exemplo, a arqueologia na China sendo usada para mostrar que desde os tempos antigos existia a Luta de Classes, e assim validando as teorias marxistas. Grato Marlon Barcelos Ferreira

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  5. Bom dia! Marlon antes de mais tudo me permita parabenizá-lo pela pesquisa, é ótimo ver pesquisas direcionadas a civilizações orientais que tanto contribuíram para o desenvolvimento da humanidade, mas cuja atenção infelizmente é ofuscada pela predominância da vertente eurocentrista da história.

    A China sem dúvida é um dos locais que a arqueologia nós últimos anos, senão décadas esteve contribuindo para a “descoberta” de registros históricos que contribuem para o desenvolvimento das pesquisas direcionadas ao estudo milenar das origens da civilização chinesa que remontam a ±8.000 a.C - ±5.000 a.C com o estabelecimento dos primeiros povoamentos humanos na costa chinesa nos vales dos rios Hoang-Ho & Yang-Tsé, formando assim uma das primeiras civilizações fluviais do mundo antigo.,

    Recordo-me de ler um livro intitulado: “Os Reinos Soterrados da China”: da Coleção Civilizações Perdidas” que da ênfase as descobertas arqueológicas realizadas na China que revelaram ao mundo um passado a “muito esquecido” e que remontava a milênios, revelando assim a existência das dinastias: Xia: (3.000 a.C – 15.00 a.C), Shang: (1.500 a.C – 1027 a.C) & Zhou: (1.027 a.C – 221 a.C).

    Creio que para muitos um dos achados arqueológicos realizados na China e que é sem dúvida um dos mais famosos do século XIX foi à descoberta do túmulo de Qin Shi Huang – I Imperador da China Unificada, realizada no ano de 1974 que revelou a sociedade moderna um gigantesco mausoléu que era “defendido” por um grandioso exército de terracota cuja fisionomia facial era diferente uma da outra.

    Uma pequena curiosidade o senhor teria alguma novidade referente a essa descoberta nos últimos anos, como por exemplos novas descobertas e escavações ou até mesmo alguma previsão de adentrarem na tumba ou a outras nesses últimos anos referentes às praticas arqueológicas ocorridas na China que poderia compartilhar com nós?

    Desde já agradeço e o parabenizo mais uma vez por sua pesquisa ela é muito interessante.

    Att. Lucian Pereira dos Santos.

    Maringá – PR, 05 de Outubro de 2018.

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    1. Obrigado. Realmente nossa visão eurocêntrica da história tem ofuscado nosso olhar com relação ao Oriente e suas riquezas culturais. Um local rico em patrimônio arqueológico que tem sempre proporcionado descobertas arqueológicas. Agora, com relação a descobertas importantes recentes, não tenho uma específica mas as pesquisas recentes tem trazido novos dados e informações importantes sobre o período neolítico e o inicio dá civilização Chinesa que estão enriquecendo as informações sobre a civilização Chinesa. Grato Marlon Barcelos Ferreira

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  6. A Arqueologia ciência que trabalha com vestígios e Artefatos humanos antigos nos ajudam a datar esses achados para melhor compreender como viviam esses povos(como era a vida em sociedade nos períodos pré-históricos e históricos antigos), sendo que nesse caso se refere na China Antiga. Segundo Mao "O passado deve servir ao Presente".
    Anderson Lúcio da Silva.

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    1. Boa tarde, Exatamente, a frase de Mao exemplifica bem o seu uso na China. Grato Marlon Barcelos Ferreira

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  7. Parabéns pelo trabalho está ótimo.Uma maneira de trabalhar muito boa que certamente deverá chamar atenção principalmente alunos do ensino fundamental ,pretendo usar em minhas aulas no futuro juntamente com filmes, agora minha dúvida se em minha turma houvesse um aluno Japonês ou descendente ,como poderia trabalhar os HQs ,sendo que mostram outro ponto de vista ?.
    No Japão se usa muitos mangás e animes algum poderia ser usado do ponto De vista Japonês se tratando da mesma temática ??
    Gizeli Pantoja Soares Lobo.

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